sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bayern, des samma mia (alguém traduz?)

A comunidade do Brasøv no orkut tem muito louco e nego fala muita besteira. Mas de vez em quando nego acerta. Tipo esse vídeo que foi linkado na comunidade pelo doente mental do Psyko.

Eu não sei do que se trata Rammstein, mas esse é o nome da banda que aparece no vídeo. A música, obviamente, não é deles. É tradicional Bávara e tem essa letra:

Sads freindlich! (Jawoi!)
Sads freindlich, hob i gsogt! (Jawoi!)
Sads freindlich, hob i gsogt no amoi! (Jawoi!)
Mia konnst no a Weißbier bringa…
Bayern, des samma mia (Jawoi!)
Bayern, des samma mia (Jawoi!)
Bayern, des samma mia
Bayern, jawoi, des samma mia
Bayern, des samma mia
Mia samma mia, des samma mia
Bayern, des samma mir
Bayern und des bayerische Bier
Bayern und des Reinheitsgebot
des is unsa flüssiges Brot

Mas a edição é sensacional.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

10 anos e videos

Minha produção (do brasøv) é assim... um dia chega um email com um monte de links e dá nisso:










Incrível comemoração audio-visual dos 10 anos da banda

quarta-feira, 22 de julho de 2009

então

Duas coisas:

1 - acho que alguma mola do meu tenor foi pro caralho. Preciso resolver isso porque o barítono ta meio sem condição de estudo. Mas por enquanto, vou me virando nele.

2 - Carlinhos lançou um blog do estúdio onde eu trabalho, a Tenda da Raposa. Acho que teremos histórias divertidas e fotos (coisa que aqui não tem). Acompanhem também!

terça-feira, 21 de julho de 2009

a arte de não saber o que postar

depois de tanta história pra contar de viagem, acabou

e agora?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

USA Today (part 20) (final)

Estou no aeroporto de Houston, com internet, esperando me chamarem pra embarcar. Viagem longa, não tive tempo de comprar uns chocolates que vou ficar devendo. Talvez do Free Shop já serão satisfatórios.

Até aqui já foram 17 horas de viagem... putaquiupariu de novo

Lá vamos nós!

USA Today (part 19)

Saí de LAX (passei em frente ao famoso letreiro do aeroporto, iluminado de noite, e não tirei uma foto... quase não vi o letreiro, aliás, mas minha tia me apontou a tempo) quase 2 da manhã (PST) pra um longo voo de 4 horas até Atlanta, onde desembarquei as 8 da manhã (EST). Lá, esperei 4 horinhas até embarcar pra Cleveland, de onde escrevo. Cheguei aqui as 2 da tarde (EST), fiz o check-in internacional da Continental pra Houston e Rio de Janeiro, passei pela segurança (o que é sacal aqui nos EUA, especialmente com mochila, casaco, saxofone, dois computadores e os tênis que têm que passar pelo raio-X) e fui procurar meu portão de embarque.

Chegando terminal C, onde embarcarei em três horas, resolvi sentar no primeiro dos portões (em Atlanta eu andei até o meu portão que, obviamente, era o último do terminal C, só pra descobrir 15 minutos depois que não só meu portão havia mudado como meu terminal era agora o B) pra evitar a fadiga. Sentei a tempo de ver uma moça com uma criança no colo se despedir do seu marido. O sujeito entrou no avião e a moça desandou a chorar. Fiquei me perguntando quanto tempo será que o sujeito ia passar fora pra moça estar tão sentida. Minha resposta veio logo... atrás dela chegaram outros 5 adultos e 2 crianças correndo tentando encontrar seu parente que também tinha embarcado no mesmo avião.

A primeira coisa estranha a notar é que aqui nos EUA, assim como no Brasil, você não pode acompanhar uma pessoa até o portão de embarque a menos que você também vá voar, porque a segurança exige o cartão de embarque da companhia aérea. Então, como essas 9 pessoas (6 adultos e 3 crianças) tinham conseguido chegar até a porta do avião?
Aparentemente, há uma exceção. Os 5 adultos que chegaram depois, chegaram perguntando pelos soldados que tinham embarcado no voo pra Houston das 3 da tarde. O funcionário da Continental perguntou se eram família, eles confirmaram, e foram levados pra dentro do avião pra uma última despedida.

Não é de se espantar que uma despedida seja tão triste e sofrida. Independente de quanto tempo os soldados vão passar fora, não deve ser fácil mandar um familiar seu pra guerra. Por mais que a guerra tenha acalmado e as coisas pareçam menos perigosas, ainda assim é uma guerra e não existe nenhuma garantia de que eles vão voltar.
A moça que chorava quando eu cheguei ao portão voltou de dentro do avião mais tranquila, acompanhada da família do outro soldado que ela não conhecia. Olhando de fora, é quase como se eles tivessem acabado de formar uma nova família pelo simples fato de seus familiares estarem indo pra mesma guerra.

As duas famílias, que não se conheciam até chegarem à porta do avião, ficaram vendo o avião taxiar (ou taxear? acho que voto na primeira opção) até sumir da vista. Tiraram fotos uns dos outros, das crianças, pra mandar pra seus familiares, e somente depois de ido o avião é que foram se apresentar uns aos outros. Não tenho a menor ideia de quanto tempo esses soldados vão ficar fora mas, pensando sempre no bem das pessoas, que voltam inteiros e saudáveis pra reencontrarem suas famílias assim como o soldado que veio de Atlanta até Cleveland do meu lado no outro voo.

Essa, uma história um pouco mais alegrinha. Por aqui vê-se muitos soldados fardados rondando os aeroportos entrando e saindo de voos. Uns indo trabalhar e outros voltando pra casa. Ao meu lado no pequeno (e assustador, claro) avião da Delta de Atlanta pra Cleveland veio um desses.

Chegando em Cleveland, numa conversa com a comissária de bordo e alguns outros participantes, ele disse que tinha 5 crianças (4 filhas e 1 filho), a mais velha de 8 e a mais nova de 1 ano. E que essa ia ser a primeira vez em 4 meses que ele ia vê-los. O avião parou e ele foi o primeiro a sair. Eu fui o último.

Quando cheguei à esteira pra pegar minha mala, lá estava o soldado, sendo recebido por umas 10 crianças, mais uns 10 adultos e uma faixa enorme que não consegui ler o que dizia. Cheguei quando ele pegava a filha de 1 ano no colo e ela estranhava aquele sujeito. O cara passou um terço da vida da menina longe. Ela levou um tempinho pra re-acostumar ao colo do pai, mas logo logo se acomodou confortavelmente.

Todo mundo que passava e via aquela festa ficava emocionado, batia palmas, abria sorrisos. De novo, não interessa se a guerra está acabando, ou se já não é mais um perigo tão grande, ou se o sujeito trabalha como engenheiro ou sei lá o que e nunca pega numa arma o tempo todo que está fora... ainda assim é uma guerra e não há a menor garantia de que se voltará vivo dela. Claro, qualquer um que sai de casa não tem garantia de que vai voltar vivo pra ela (ainda mais em cidades violentas como o Rio), mas numa guerra as coisas são um pouco mais explícitas.

Admiro o orgulho que os americanos têm dos soldados que estão servindo nessas guerras loucas que os EUA criam e não sabem terminar. É realmente um sentimento de gratidão pelos serviços prestados. Ninguém está interessado em saber se o sujeito participou efetivamente de alguma batalha ou se ele ficou o tempo todo na frente de um computador dando ordens pelo rádio. Todo mundo aqui tem orgulho dos soldados, mesmo que sejam contra as guerras.

Eu resolvi abrir o computador e escrever isso pra postar quando encontrasse internet (aqui em Cleveland a porra do plano que eu assinei, que a infeliz da mulher garantiu que cobria, não tem internet disponível). O começo e o final (feliz) da vida das famílias de soldados servindo em guerras.

Agora resta esperar mais 2 horas pra embarcar pra Houston. Estou devorando meus últimos Kit-kats (alguém explica por que não existe kit-kat no Brasil?), tomando meu último Montain Dew (que agora se chama Mtn Dew, ou sempre se chamou e eu nunca reparei), aproveitando minhas últimas horas nos EUA (mesmo que só em aeroportos) antes de finalmente voltar pra casa.

Em Houston não vou ter muito tempo pra ficar de bobeira então talvez só entre na internet mesmo pra postar isso na uma horinha que tenho entre meu desembarque e embarque final.

Já estou na rua há 12 horas e ainda tenho mais 15 pela frente até desembarcar no Galeão. Putaquiupariu!

USA Today (part 18) (a partida)

É quase hora de partir pro LAX pra encarar minhas últimas horas se EUA (que são várias) e 30 horas de viagem LA-Casa.

Agora falta só tomar banho, fechar a segunda mala, colocar tudo no carro e me mandar pro aeroporto.

O último dia de LA foi devagar também. Bastante devagar. Ótimo pra mim, que não sou bom turista, mas péssimo pra quem esperava altas visitas e fotos etc. Não tem nada disso.

Tirei agora uma foto com meu tio pra mostrar que estive aqui. Minha tia se recusa terminantemente a aparecer em fotos.

Estou levando os dois livros do meu tio emprestados pra leitura na viagem mas vou dar aquela olhada na internet sempre que tiver tempo num dos 5 aeroportos pelos quais passarei antes de chegar ao Galeão.

iPod carregado e pronto pra encarar a viagem inteira. Quiet Comfort preparado pra mesma coisa.

Acho que é isso... estou adorando a viagem mas ta na hora de chegar em casa. Quer dizer... ainda falta um dia e bastante. Mas ta na hora.

Bom... daqui é LAX-ATL-CLE-IAH-GRU-GIG ou, traduzindo, Los Angeles-Atlanta-Cleveland-Houston-Guarulhos-Galeão.

Chegando ao Rio eu ainda vou encarar um bom tempo de Free Shop, alfândega e banco pra pagar minha importação do computador novo. Chego ao GIG as 11 da manhã (se ninguém atrasar em lugar nenhum) mas só devo chegar em casa mesmo lá pras 2 da tarde.

E aí, é isso. Escrevo de novo de um aeroporto se tiver tempo. Se não (aprendi), só em casa.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

aniversáriantes do dia

Hoje é dia de comemorações.
Mas, efetivamente, hoje não vou participar de nenhuma delas. Uma só vai acontecer na europa e a outra, só daqui a umas semanas ou meses. Sem contar que, estando em Los Angeles, é difícil participar de comemorações no Brasil.

Enfim, hoje é aniversário do meu irmão.
Parbéns pra ele, apesar de que se ele ler isso, já vai ser amanhã na europa onde ele está. Mas mesmo assim, na Lando of la la la é aniversário dele.

E hoje também é aniversário do Brasøv.
Parabéns pra nós.

Leco faz 26 anos e comemora na Austria com a namorada e os amigos que lá o recebem. Já falei com ele na madrugada de ontem (era madrugada pra ele na Austria, eram 8:30 da noite no Brasil e 4:30 da tarde aqui. Uma certa confusão, mas já dei os parabéns).

Brasøv faz 10 aninhos desde o primeiro show onde meu irmão comemorou seu aniversário de 16 anos lá no Hipódromo Up. Aquele que faltou luz e outras coisas deram errado mas, no geral, foi excelente. Um grande nascimento.

Parabéns pros 8 (Leco e os 7 brasøvers)!

PS: ouvi dizer que hoje também é o Dia do Homem. Concordo pelo meu irmão, mas deve haver algum engano com relação ao Brasøv

USA Today (part 17)

Hoje eu terminei as compras. Claro que, de última hora, tem sempre uma coisinha ou outra esquecida, mas a vida é assim mesmo.

Não vi muita coisa hoje porque meu tio teve uma enxaqueca braba e a gente voltou pra casa logo pra ficar com ele.

Passamos (de carro) na Hollywood hoje. Vimos as estrelinhas da calçada da fama (ou passeio dos famosos, como diz minha tia), o teatro chines (ou japonês) e o Kodak. Não me deu a menor vontade de parar por lá pra olhar com calma porque é tão grande o número de turistas e gente passando que desanima qualquer um (que seja como eu).

A programação do Hollywood Bowl é muito boa pra domingo. Tem Porgy and Bess. Mas eu não vou estar aqui, então fouda-se.

Amanhã eu pretendia ver uma exposição no LACMA mas (não é desculpa esfarrapada e eu provo) o museu não abre às quartas-feiras.

Então, tenho que pensar em outra coisa pra fazer.

Enfim... hoje foi também dia de encaixar tudo dentro das malas. Acho que consegui, mas só vou ter certeza amanhã de noite, na hora de partir pro aeroporto. O peso? Não tenho ideia. Mas espero que esteja certinho senão vou morrer num dinheiro...

E pra viagem de volta, meu tio me ofereceu um dos dois livros pra eu escolher. Choke (do Chuck Palahniuk) ou How to lose friends and alienate people (do Toby Young).
Mãe, escolhe aí porque você vai ler o livro depois. Tio Julio que disse pra passar pra você depois.
Os dois livros viraram filme depois e eu nunca tinha ouvido falar nem dos livros nem dos filmes...

On an totally unrelated note

Larry Allen é o Offensive Lineman mais conhecido do Dallas Cowboys. Ele entrou na liga em 1994 e era dominante na posição dele. Mas a jogada que criou o mito do sujeito é essa

Na jogada, acontece o seguinte (pros leigos). O QB do Dallas (time de branco) é interceptado pelo linebacker Darion Conner.

Linebackers costumam ter 115kg em média, e são relativamente rápidos. Esse rapaz, Conner, era considerado pequeno pra posição, mas bem ágil e rápido.

Ele intercepta a bola e corre, com o campo livre pela lateral, em direção à endzone do Dallas pra marcar um touchdown.

Larry Allen é o número 73 de branco que vem correndo do canto esquerdo inferior da tela...
O sujeito tinha 145kg na época.
Se você reparar, no início do video, quando a jogada começa, ele é um sujeito que aparece de costas (dá pra ver o número dele claramente) logo acima do QB (quem lança a bola), bloqueando um adversário.

É impressionante a velocidade com a qual ele se recupera na jogada, persegue o adversário e dá o tackle. São 30 quilos de diferença entre o LB do Saints (de preto) e o Larry Allen.

Enfim... um dos maiores OL que eu vi jogar. Sorte minha. Daqui a 4 anos ele estará, sem dúvidas, entrando no HOF que eu visitei no início dessa viagem.

terça-feira, 14 de julho de 2009

USA The Other Day

Peyton, em foto tirada pela Thaïs

Eu, em foto tirada pela Thaïs

Thaïs e Peyton posando pra foto

Thaïs e Peyton brincando

E a bagunça da casa só vai piorando

USA Today (part 16)

E mais compras... como disse, isso aqui é minha Miami.

Hoje foi a vez das compras musicais. Ainda não as terminei, ou melhor, já poderia ter terminado, mas como eu sou um bom irmão, ainda vou caçar as palhetas de Drita e as cordas do Leco numa Guitar Center daqui.

Comprei palhetas, estante de saxofone, cravelhas de baixo acústico, um jogo de cordas de baixo elétrico e até um metrônomo que, aparentemente, vou devolver. Um metrônomo que só sobe ou desce o tempo de 4 em 4 pontos não me serve. Eu preciso de uma coisa mais gradual. E, de preferência, mais alta.

Finalmente fomos na Bose e eu ganhei meu fone de presente do meu padrinho e da minha tia. Uhuuuuuu!!!!!

Depois, fomos eu e tia almoçar num restaurante italiano bem bonzinho aqui. Eu pedi uma lasanha achando que ia me dar bem... estava boa, mas meio sem graça. Minha tia pediu um spagueti ao frutos do mar que estava sensacional. Dessa vez ela deu sorte.

O dia foi curto assim, apesar de rodarmos bastante e de termos passado quase a tarde toda fora de casa.
Na volta, passamos duas horas conversando à mesa enquanto meu tio tentava vencer o frozen yogurt que trouxemos pra ele.
É sempre uma boa conversa com meus tios.

À noite não saímos... fiquei no quarto arrumando uma das malas pra ter certeza de que vou conseguir encaixar tudo nas duas que tenho aqui. Amanhã ou depois pego o equipamento pro carlinhos e tomara que tudo dê certo nos encaixes da segunda mala.

Enfim... nada de fotos hoje. Minha tia fica dizendo que vai parar pra eu tirar foto aqui, ali, acolá. Mas não para e ninguém tira foto nenhuma e é isso aí. Não reclamem!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

USA Today (part 15)

Então hoje foi dia de mais compras em LA.

Acho que Los Angeles vai ser a Miami da minha viagem aos EUA.

Saímos as 11 da manhã pra comprar o tênis da Ana. Asics Gel Kaiano 15 tamanho 7,5 azul. Mais alguma coisa dona Ana (que não deve estar lendo nada disso porque está no spa tratando da sua loucura).

No shopping mesmo encontramos umas camisas baratas e, segundo minha tia, de qualidade (porque eu não tenho ideia de qualidade de camisas), e comprei 4 pra mim.

De lá, fomos pro Costco procurar mais coisas pra comprar, inclusive o almoço. No caminho, olhando essa cidade, achando tudo muito parecido com Miami... com gente estranha... nada muito interessante pra olhar (eu sei... eu sou chato pra caralho).

King Crab Legs pro almoço, voltamos pra casa pra comer.

Minha tia está bem como de costume. Não tem a menor ideia de como andar por essa cidade porque está viciada no gps lento do carro dela que, de vez em quando, perde o sinal do satélite e te deixa na mão. E outras vezes simplesmente não avisa o que se deve fazer ou avisa errado (eu não tinha ouvido falar de gps errar o caminho, mas só hoje foram duas vezes. E foi o gps que errou, não a gente. A gente está sempre certo).
Meu tio está de férias e, como de costume, não sai muito te casa. Desde Houston ele já era assim, e pós-AVC não melhorou nada, claro. Mas ele está sorridente, falante (dentro dos limites dos Espírito Santo, claro) e brincalhão (como é costume dos Espírito Santo, claro). Quase não sai de casa, está sempre lendo e fumando (ninguém põe razão nessa cabeça). Do que me lembro de como ele era em Houston e das poucas vezes que a gente se encontrava no Brasil, ele continua igual.

Depois do almoço, voltamos pra rua. Fomos à Santa Monica (ou Santa Barbara?) dar uma olhada na praia (que tem muitos metros de faixa de areia até finalmente chegar na água e, claro, nem pensamos em fazer esse trajeto), ver o pier de Santa Monica (ou Santa Barbara?) (muito de longe porque a gente parou o carro longe e, obviamente, nem consideramos fazer o trajeto a pé, muito menos pra ver um pier cheio de gente e com um parque de diversões) e tirar uma foto (porque mesmo acompanhado, eu continuo não sendo muito de fotos então hoje foi uma só):

Ao fundo, o Santa Monica Pier (ou Santa Barbara Pier?)

De lá, fomos ao Target procurar mais coisas pra comprar... estou tentando fechar a lista de compras e encomendas mas nego deita... tem coisa pra caraio pra comprar. Enfim... do Target pra casa pra uma descansadinha antes de sair pra jantar.

Fomos a um restaurante japonês chamado Koi. A comida é ótima. Mas o conceito de Restaurant and Lounge não me agrada muito. Entramos no restaurante com música alta... fomos sentados, eu e minha tia porque meu tio não sai de casa, numa mesa numa área com a música um pouco mais baixa (ainda bem) mas com pouca luz também. Minha tia diz que essa mania de pouca luz em restaurante é uma coisa universal da cidade. Comer no escuro é uma coisa um pouco desagradável. Mas pelo menos a comida era boa. Não foi barato... mas acho que aqui nada é barato, e tava bom.

Amanhã é dia de fazer uma money order (que já descobri que tenho que fazer no correio), visitar o consulado pra tirar foto da placa HOLLYWOOD na colina, comprar meu fone, ir na loja de música tentar eliminar as encomendas musicais de uma só vez (mas acho que Pedrita vai ser responsável por fuder meus planos) e depois descobrir o que fazer.

Estar na última perna da viagem significa algumas coisas boas. A primeira, que estou visitando meus tios que não via há bastante tempo. A segunda, que estou conhecendo Los Angeles (e não está me impressionando nem um pouco). A terceira, que em pouco tempo (que pode parecer muito) estarei de volta em casa.

Mas o importante é concentrar na primeira e na segunda pra aproveitar isso aqui e chegar em casa com história pra contar (se bem que, depois de escrever aqui nessa porra todos os dias, acho que todas as minhas histórias vão estar contadas aqui e eu não vou ter saco de falar a respeito).

E vamos nós

domingo, 12 de julho de 2009

USA Today (part 14)

Cheguei à última perna da viagem. Mais 4 dias de férias, depois mais 1 dia e meio de viagem e estou de volta em casa. Por enquanto, estou em LA. Ou Land of La La, segundo Stevie Wonder. Vamos ver se eu sou strong to survive

(OBS: Essa música não é um dos pontos altos do Stevie Wonder, com certeza)



You were brought up in a small town
Where everyone greeted with a morning smile
I mean the place was so free from crime
You could leave your front door open
And if your eyes were drawn from a lack of food
Or your pockets were short on cash
There was always someone close at hand
That you could always run to

You could have been a doctor
And you could have been a nurse
But these things weren't good enough for you
So you decided to pack up all you own
And get a one-way ticket there
To a place where all the successful people went
In order for them to do

I'm a big boy now, she's a strong girl
Remember only the strong can survive
Living in the land of la la
I'm a big boy now, she's a strong girl
Remember only the strong can survive
Living in the land of la la
L.A., L.A., la la, la la, L.A., hey hey, land of la la
L.A., L.A., la la, la la, L.A., hey hey, the land of la la

You get off the bus, pick up a paper
And look through the classified
So that you might find a place
Suitable for you to move into
Then you turn around to pick up the duffle bag
That you brought along
But much to your surprise you find
Your bag has taken off walking

You dig in your wallet
To get your last dime
But then recall you just spent your last dime on the newspaper
You're much too prideful
But pride has no defense
When all you've got in your possession
Is the wallet in your hands

I'm a big boy now, she's a strong girl
Remember only the strong can survive
Living in the land of la la
I'm a big boy now, she's a strong girl
Remember only the strong can survive
Living in the land of la la
(repeat)

L.A., L.A., la la, la la, L.A., hey hey, living in the land of la la
(repeat)

You might get everything you want
But not want everything you get
Being in la la land is like nowhere else
Living in the land, one hell of a land, a land full of lost angels
Movie stars and great big cars and Perrier and fun all day
And that's enough to make anybody go wild
In the land of la la
He's a big boy now, she's a strong girl
But only the strong can survive
Living in the land of la la

sábado, 11 de julho de 2009

USA Today (part 13)

Quando acordei hoje a casa estava vazia. Fechei minha mala, peguei a câmera e desci com o computador pra esperar alguém chegar.
Pouco depois Nick chegou com as meninas, e lá veio a Thaïs sentar do meu lado e ficar conversando. Dali a pouco, a Nick perguntou o que ela queria almoçar e ela respondeu "peanut butter with jelly". E já foi buscar o pão, a manteiga de amendoim e a geléia (é... parece horrível. A manteiga de amendoim é, na verdade, a pior parte. Mas se vc colocar pouco, fica suportável). Quando a Nick ia começar a preparar o sanduiche dela ela disse "mommy, I want Daniel to make it".
E lá fui eu fazer sanduiche pra Thaïs. E tem que cortar a casca do pão porque ela não gosta... e "why don't you make one for you?"... e lá fui eu fazer um pra mim pra comer junto com ela.
Nos divertimos, eu e Nick, com a pequena Thaïs falando, falando, falando, falando e rindo um monte. Aí ela resolveu que a gente precisava jogar um jogo. E foi me explicar como jogava.
Peyton chegou pra se juntar a nós no joguinho. Jogamos até o Branford chegar em casa (do golfe, claro) e me chamar pra descermos pra gravar o tal do programa pra Lufthansa.
A sessão de jogo serviu também como sessão de fotos. Thaïs tirou várias fotos da irmã, minhas e dela própria. Eu tirei umas poucas das duas. E assim que eu chegar em LA eu coloco algumas delas no ar. Aviso logo que não tirei foto nem com o Reese, nem com Nick nem Bran.
Já eram quase 2 quando a gente desceu, e eu não tinha muito tempo. Mas ele não tinha visto a hora então a gente começou a gravar e eu me enrolando pra tentar fazer alguma coisa acontecer naquele Protools (por que o mundo não usa Logic? Minha vida seria tão mais fácil). Gravamos um pouco, editei um pouco, e aí vimos que já eram 2:15 e era hora de partir.

Me despedi do Reese, da Nicole e da Peyton com um abraço. Agradeci pela hospitalidade de sempre e por realmente me fazerem sentir em casa. E a pequena Thaïs perguntou "are you ever comming back?" Eu disse que esperava que sim. Dei um abraço nela, peguei minhas coisas e entrei no carro com ela mandando beijos e se despedindo.

Adoro a Nick e a Peyton está linda e simpática e menos tímida em casa. Mas a Thaïs é minha paixãozinha. Espero não demorar 3 anos pra reve-las.

Vim ouvindo uma conversa do Branford com o irmão dele, Delfeayo, sobre jazz e como tem um monte de gente que acha que jazz é só estudar escalas e padrões e chegar no palco e mostrar pra todo mundo que você estudou tudo e sabe tocar aquilo tudo perfeitamente. E como isso é ridículo porque jazz é criatividade. É improviso. É tentar fugir dos padrões.
Isso tudo com exemplos da música do Coltrane, do Sonny Rollins, do Ornette Coleman. E ainda um paralelo com o futebol, especificamente com a final da Copa das Confederações entre EUA e Brasil.
E como esse povo que acha que jazz é estudar e executar tudo com perfeição é exatamente como o time dos EUA que treina, treina, treina, tem disciplina... chega na final contra o Brasil e faz um primeiro tempo perfeitamente executado. E usa um esquema tático que consegue trancar o esquema tático do Brasil e marca 2 gols. E aí, no segundo tempo, o Brasil resolve que vai simplesmente jogar futebol e marca 3 gols que deveriam ser 4 por um gol não validado porque o bandeirinha é cego.
E a única diferença entre o esporte e o jazz é que ninguém nos EUA tinha coragem de dizer "nós somos melhores que eles e vamos ganhar essa copa". No máximo, eles dizia "quem sabe, se a gente usar o esquema certo e tiver disciplina, a gente pode até ganhar", enquanto no jazz, nego que não sabe criar nada e toca apenas o que estuda e não sabe nada de jazz, tem coragem de dizer quem sabe e quem não sabe tocar jazz. Tem coragem de ditar o que é bom e o que não é bom no jazz.
É por isso que eu não peço pra ele me ajudar quando eu estudo. Por isso que não peço pra ele me dar dicas de técnica e de como estudar. Porque ele já me diz muito quando eu escuto essas conversas. E quando a gente conversa sobre isso. E a coisa que ele mais me diz e diz pra todo mundo que quiser ouvir é "se você quer fazer música, então escute música e toque. Não adianta ficar só estudando técnica, escalas e teoria porque isso qualquer idiota não-musical pode fazer. O importante é saber ouvir. Não adianta entender a teoria da música se você não sabe escutar a música". Isso já é conselho suficiente pra mim.

Enfim... chegamos ao aeroporto, um abraço de despedida. Mas agradecimentos por tudo. Aqui estou esperando ser chamado pra embarcar no primeiro dos meus 2 voos e 9 horas de viagem até chegar em Lala Land.

USA Today (part 12)

A parte boa é que acordei sem dor de cabeça. A ruim é a fatura do cartão de crédito que vou ter que encarar quando voltar.

Levantei as 11h hoje, desci pro café da manhã e encontrei o Branford se arrumando pra ir jogar golfe (pra variar). Meio dia a gente saiu pra Apple Store... Ele foi levar o comp dele pra consertar. Eu fui tentar ver se trocavam o teclado do meu como meu irmão pediu, e comprar um comp novo pra mim.

Leco... 5 a 7 dias pra trocarem o teclado. Não rolou aqui. Vou tentar de novo em LA pra ver se o prazo é menor. Além disso, as configurações que eu queria pro meu novo comp não existem em loja. Tem que ser por pedido online e eu não tenho nem um cartão de crédito aceito online, nem tempo pra esperar o computador chegar. Me contento com metade do HD que eu desejava.
Comprei também 5 fones de iPod. 3 deles têm dono mas os outros 2 estão a venda. Se você sabe de alguém que precisa de fones de iPod (porque essa porcaria se desfaz com o tempo, de verdade), entre em contato porque eu to vendendo.

De volta pra casa, Branford me pediu pra ajuda-lo a reconfigurar o estúdio (que foi desmontado pra gravação do show da Marsalis Family em Washington mês passado) pra ele poder gravar o programa da radio Lufthansa que ele tem (aqueles programas que rodam no avião que você pode escolher ouvir ao invés do seu iPod). Tentamos seguir o passo a passo que o Rob (Hunter, técnico do Branford) enviou por email, mas todo estúdio é bizarramente indecifrável. Só o responsável por aquela bagunça entende o que acontece lá. E aqui não foi diferente. Tivemos que ligar pro Rob pra tirar dúvidas e fazer o negócio acontecer. Foi difícil, mas aconteceu. Só não começamos a gravar o tal do programa imediatamente porque o script estava no computador do Branford, que ele deixou na Apple Store pra consertar. Então, tivemos que pedir pro Rob me mandar por email e ele só fez isso um pouco mais tarde.

Nesse tempo de espera, Branford voltou pro golfe e eu vim estudar um pouco. Tinha só uma hora pra tocar porque precisava tomar banho e me arrumar pra ir ao cinema com o Reese e seus amigos.

Claro que não consegui tocar essa hora inteira porque, no meio do caminho, a Thaïs veio ao meu quarto. E aí ela não para de falar e perguntar e querer me mostrar coisas... Pelo menos essa visita rendeu essa foto.

Hora de sair pro cinema. Quer dizer, fomos encontrar os amigos do Reese num restaurante antes do filme. Eu estava morrendo de fome porque não tinha almoçado, ataquei um belo prato de costelas de porco... delicioso. Sem salada dessa vez...

Fomos ver "Brüno", o segundo filme do doente mental que fez o Borat. O tal do Sacha Baron Cohen é um doente mental mesmo. Tem umas ideias bizarras e a coragem de executa-las. Tem cenas antológicas no filme mas a maior parte dele é só bizarrice desnecessária. O cinema inteiro ria sem parar e eu olhava praquilo pensando "caralho... qual é a graça dessa porra?". Mas tem cenas engraçadas... e o final é simplesmente espetacular, com participação de Bono Vox, Sting e Elton John. Não sei se essa porcaria de filme vai chegar no Brasil mas minha dica é:

Se você gostou de Borat e achou um filme foda, você vai gostar de Brüno. Se não gostou, nem gaste seu dinheiro.

Saindo do cinema, fomos fazer meu programa preferido. Bar!!!
Mas a parte mais legal é que estávamos eu, Reese e Juan, um amigo do Reese juntos. E o grupo que foi ao cinema era de amigos da faculdade. Super legal como nego realmente não fazia a menor questão de interagir com os desconhecidos. Não posso nem reclamar muito porque eu sou assim. E, na real, não estava me importando com isso. Estava lá, olhando as coisas acontecerem e me divertindo mesmo sozinho. O Reese que ficou super grilado porque os amigos dele não interagiam com a gente... e ficou todo preocupado e querendo ser um bom anfitrião. Eu disse pra ele "Reese, fuck it." Se eles não se importam com a gente, eu, com certeza, não me importo com eles. Então ta tudo certo. Só aí ele relaxou.

Pois eram 2:30 quando a gente chegou de volta em casa. Arrumei a mala de um jeito que não vou precisar usar duas malas até sair de LA, economizando assim 15 dolares por só ter uma mala pra despachar (com e ou com i?). São 3:30, amanhã é dia de acordar cedo pra tentar tirar fotos com a família pra provar que eu estive aqui (ha ha ha). Tenho que estar no aeroporto as 3 da tarde pro voo partir as 4 da tarde e chegar em LA as quase 10 da noite. Não sem antes passar duas horas no aeroporto de Atlanta esperando (nenhum voo direto nessa porra dessa viagem).

E aí, é isso...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

USA Today (part 11) (presente da Thaïs)

Tão bonitinha. Pena que da próxima vez que encontra-la ela não vai lembrar de mim.


USA Today (part 10)

Se eu tivesse pedido pilhas no dia que cheguei aqui, talvez eu já tivesse algumas fotos pra mostrar. Não muitas, mas algumas.
Tem um estoque de pilhas na casa... de todos os tipos AA, AAA, 9V, médias, grandes... mas eu só lembrei de pedir agora. Pelo menos tenho pilhas pra câmera.

Acordei as 11 da manhã (muito cedo pros meus padrões), chequei a internet (claro), tomei café da manhã (cereais e leite, um café da manhã bem saudável) e subi de novo pra estudar.
Hoje a preguiça tá foda! Enrolei pra começar a tocar... e só comecei mesmo quando eu ouvi o branford tocando lá embaixo. Aí eu tomei vergonha, peguei o saxofone e fui ler mais uma música da minha coleção Klezmer.
É interessante como essas músicas são boas pra estudar técnica. São bem cheias de escalas e repetições de trechos de escalas... e isso não é desculpa pra não estudar escalas. Porque eu passei um tempo lendo uma música. Depois mais um tempo tocando a música com o metrônomo. Depois mais um tempo estudando escalas com o metrônomo. Quando eu cansei (o que não levou muito tempo pra acontecer), desci pronto pra sair dar uma caminhada. Branford e Nicole estavam preparando o jantar e ele perguntou se eu estava tocando com metrônomo. Eu disse que sim. Ele disse "good". E disse que se eu não estivesse tocando com metrônomo ele ia dizer que meu tempo é muito bom. Não é tão bom assim... eu estava com metrônomo. Mas um dia vai ficar.

Saí pra andar com o iPod no ouvido. Fui descendo a rua até o fim dela... aí resolvi entrar no campo de golfe que tem aqui (claro... todo lugar nos EUA tem um campo de golfe... se não, os americanos enlouquecem) e saí andando por ele. Andei bastante tempo até decidir sair do campo.
Saí... e estava numa rua que não conhecia. Fui andando pela rua, pra ver se encontrava algum lugar familiar... cheguei em outra rua chamada Vintage Hill, mas não era Drive (que é a rua onde estou). Andei mais um pouco... de repente eu percebi que estava voltando pro mesmo lugar de onde eu tinha saído. Estava andando em círculos e não tinha ideia de onde eu estava. Mas estava ouvindo Miguel Zenón, então estava tudo certo.
Resolvi voltar pro campo de golfe e consegui lembrar o caminho que eu tinha feito pra voltar. Cheguei de volta em casa na hora do jantar.

Uma pequena discussão socio-economico-racial pós jantar. É um assunto recorrente do branford. Volta e meia eu vejo ele falando sobre isso no telefone e com amigos dele. Hoje foi o assunto pós-jantar.
Isso até virar Beyonce e como ela tem uma bunda gigante mas como tentam esconder isso nos videos dela (é verdade...). E como as músicas dela são péssimas... letras horríveis cantadas numa batida idiota numa música sem forma, sem variação, sem graça (é verdade...). E as meninas (Peyton e Marry, a filha de uma amiga) começaram a dançar uma tal de uma Halo ("música" da Beyonce). E o Branford colocou o video de uma paródia de uma música dessa mulher chamada If I Were a Girl ou coisa assim. Engraçado o video... parece que a Beyonce não gostou muito dele... coisa de estrelas.
E aí, falando sobre a dança, o assunto mudou pra James Brown, e como o Michael Jackson roubou os passos dele do JB (é verdade...). Vimos vários videos do James Brown dançando (caralho... que foda). Depois vimos um video do MJ criança cantando uma música do JB num video que o Jackson 5 mandou pra um programa de televisão. E o pequeno MJ dança igual ao James Brown. E, finalmente, um video de um show do James Brown de 83 no qual ele chama o MJ, que estava na plateia, pra subir no palco. Ele sobe, faz uns passos estilo JB. Fala qualquer coisa no ouvido do James Brown que vai ao microfone pra chamar o Prince. E ele diz "Who is you Prince?" porque o sujeito era desconhecido. Aí o Prirnce sobre no palco e... peraí. Por que eu to descrevendo o video ao invés de dar o link?
Diz o video que "Embedding disabled by request" então não dá pra colocar ele aqui. Mas dá pra dar o link do video que se chama "Michael Jackson,James Brown,and Prince on stage (1983 )". Assistam.
Enfim... assim foi a noite. E as crianças começaram a fazer muita bagunça e muito barulho. E o branford pegou o soprano pra estudar a Bachiana 5 do Villa Lobos. E eu ouvi o segundo movimento que nunca tinha escutado na vida. E ouvi uma gravação de uma mulher cantando em português e eu não entendendo nada.
E assim se fez minha dor de cabeça.

USA Today (part 9)

Acordei cedo (pros meus padrões) e às 11 da manhã estava de pé, montando o saxofone e pensando no que fazer.
Da outra vez que eu estive aqui eu estava com o saxofone também. Mas não tocava há 4 meses e não tinha ideia do que aconteceria se eu tentasse. Além disso, era a primeira vez na casa do mestre do saxofone e eu não tive coragem de experimentar.
Dessa vez é um pouco diferente. A família já me conhece... ninguém nunca me ouviu tocar (o que pode ser bom), e eu venho tocando em shows com certa frequência ultimamente. Então, apesar de ruim, não é de doer.
Pois bem... quando eu comecei a tocar não tinha ninguém em casa. Cada um estava num canto da cidade e eu estava sozinho. Foi mais fácil começar. Fiquei uma hora e um pouquinho tentando ler as músicas que eu trouxe. Nada de estudar... só tocar. Estudar requer uma rotina que eu não tenho nem tenho ideia de como criar. Mas toquei...

Parei um pouco pra comer qualquer coisa e descobri que o Branford tinha voltado pra casa. E pouco depois, ele começou a estudar.

É certo que ele já estudou muito na vida dele, e já tocou muito na vida dele, e hoje em dia é um dos maiores nomes do saxofone mundial, especialmente no jazz (se não for o maior). Mas ele continua estudando, basicamente música clássica, e ele tem um jeito bem louco de estudar.
Escolhe uma peça qualquer pra tocar... desde que estou aqui, tem sido o Scaramouche e Fantasia para saxofone, do Villa Lobos. Aí ele toca um pedaço... para e repete onde não está bom... ok, até aí, nada de estranho.
Aí, chega um email no computador dele. Ele para... vai ver o email, responde, lê alguma coisa do New York Times ou qualquer outro jornal online (tudo isso com o metrônomo tocando sem parar), de repente levanta e volta a tocar do ponto onde ele tinha parado. Até ficar satisfeito...
Aí chego outro email ou alguém fala alguma coisa que chama a atenção na televisão (sim, porque é o tempo todo com a TV ligada), e ele para de novo. Presta atenção no que tiver que prestar... faz alguma outra coisa no computador... e de repente volta a tocar.
Aí resolve fazer exercício ao invés de tocar uma peça. Faz o exercício uns 10, 15 minutos e para por um novo email, ou qualquer outra coisa. Ou pra fazer um sanduíche (de virginia smoked ham, delicioso, aliás), come... aumenta a velocidade do metrônomo e volta a fazer o exercício. Para pra escovar os dentes... volta a tocar. E assim ele vai até a hora do próximo compromisso.

Nesse tempo dele estudando eu comi, vi algumas besteiras com ele no computador e na televisão, cansei de assisti-lo estudando e voltei pro quarto pra tocar um pouco mais.

Eu, que já não tenho muita disciplina nem uma rotina de estudo, estou só lendo as músicas dos livros que eu trouxe, tocando umas coisas da Ciocarlia ou qualquer outra coisa cigana. Lembrando um ou outro tema do Brasøv que são mais complicadinho de tocar. E interrompendo meu "estudo" pra falar com alguém no msn, skype ou facebook. E agora que eu vi que o Branford interrompe o dele para o computador, faço isso com menos culpa.

No total de hoje, imagino que tenha passado umas quase 3 horas tocando (em três turnos de quase 1 hora em média). Lendo, lembrando de uma cousa ou outra... mas estudar técnica ainda não. Preciso montar uma rotina pra isso e não vou fazer isso agora... Quem sabe, com ajuda e incentivo, quando voltar pra casa?

No mais, um belo jantar de frango com batatas (é... batatas), cenoura e mushroom (que não é funghi nem champignon). Uma bela conversa no jantar em família... e depois do jantar, a hora da bagunça das crianças.
Thais e Peyton resolveram desenhar e a Thais resolveu fazer cartões. Fez um pro pai, um pra mãe, um pro Reese, um pra Payton, e depois perguntou como se soletrava meu nome. Escreveu o nome de um lado, desenhou e coloriu (com todas as cores que tinha à disposição) um cartão e me deu. Não quis me dar um beijo mas me deixou dar um nela.
Depois, quando eu conseguir pilha pra câmera, eu tiro foto do cartão que ganhei e coloco aqui.

As crianças foram dormir e eu resolvi tirar a barba. Peguei a máquina emprestada com a Nick, subi pro quarto e fiz isso
Antes

Depois


E depois, no banho, fiz ainda mais isso

Espero que isso não me traga problemas nas próximas viagens porque os seguranças têm olhado muito pro meu passaporte, pra minha cara e pro visto. Agora sem barba eles podem se confundir, né? Alguns são meio idiotas...

terça-feira, 7 de julho de 2009

USA Today (part 8)

Durham, North Carolina. Uma cidadezinha que eu não conheço muito, que não é famosa por muita coisa além da Duke University.
A única coisa que eu conheço aqui mesmo é a casa do Branford, onde estou hospedado. Cheguei hoje de tarde e fui recebido pelo Reese, como já disse. Viemos pra casa, me instalei no meu quarto (que não é o mesmo onde fiquei da outra vez pois o Reese lá está), liguei a internet, atualizei essa porcaria e parti pra sala (que continua a mesma zorra que era da outra vez que aqui estive).
A Peyton (8 aninhos) e o Reese estavam jogando videogame e eu cheguei com aquele receio de ser o estranho pra menina dona da casa. Mas não... ela não me reconheceu, claro (afinal de contas, tinha só 5 anos quando estive aqui), mas me recebeu bem.
Dali a pouco a Thais volta do banho... quando estive aqui em 2006 eu me apaixonei pela pequena Thais que tinha 1 ano e meio, não parava um segundo, comia tudo o que aparecia pela frente e quando acabava falava "all done" pedindo mais.
Thais e Payton continuam iguais... os mesmos rostinhos. Mas muito maiores... Falam, falam, falam, falam, brincam, brincam, brincam, brincam, riem, riem, riem, riem... Estão lindas.

Branford chegou em casa um pouco mais tarde. Conversamos um pouco e ele e Nick (Nicole, a mulher dele) começaram a preparar o jantar. Continuamos conversando, falando do absurdo do memorial do Michael Jackson (ele está revoltadíssimo com toda a presepada que estão fazendo... está se mostrando um grande rabugento hehehe), um pouco de música (ele botou pra tocar Coco Raizes de Arco Verde no iPod), um pouco de política (assunto que ignoro quase que completamente)... enfim, como é de costume quando nos encontramos ou nos falamos, falamos de tudo um pouco.

Jantar pronto. Espagueti ao pomo d'oro e um bife de porco qualquer (que eu, altamente ignorante, não sei dizer exatamente do que se trata) delicioso... aspargos (é... eu disse... estou ficando estranho comendo plantas e esse tipo de coisa).

As 9:30 da noite ele foi estudar. Meia horinha de Scaramouche e umas peças pra soprano. É ridículo de ouvir... e continua sendo assustador. Mas mantenho minha coragem e eu vou estudar amanhã!

10 da noite a casa estava se desativando. Dorme-se muito cedo aqui porque acorda-se muito cedo. São meia noite e meia agora e eu já estou enrolando acordado só pra manter a atualização disso aqui porque, não fosse isso, no momento em que minha conversa virtual terminou, eu teria apagado imediatamente.

Mas enfim... não sei o que vai ser de amanhã. Não sei o que vai ter pra fazer ou como fazer. Só sei que eu vou tocar um pouco e ver o que tem pra acontecer. No mais, boa noite

USA Today (part 7)

Ontem foi um dia de muita espera em aeroportos pra poucas horas de voo. Saímos de Canton as 7:30 da manhã pra viagem de 1 hora e pouco de carro até Cleveland. Estrada boa, poucas obras no caminho, um micro engarrafamento na chegada... devolvemos o carro e partimos pro aeroporto. Chegamos lá com uma hora de antecedência, ou seja, duas horas antes do meu voo e quatro horas antes do voo do Miguel.
Aí começa a enrolação... e sem internet fica mais difícil enrolar. Mas conseguimos... meu voo partiu pra Charlotte e o Miguel ficou por lá esperando o voo de volta pro Rio.

Cleveland-Charlotte em 1:20 de voo, cheguei duas horas e meia antes do voo pra Fort Meyers, então mais enrolação no aeroporto.
Dessa vez, o aeroporto de Charlotte tinha internet, então vim eu pro vício ver quem estaria acordado e online àquela hora.

Duas horas e meia de enrolação depois, estava embarcando pra Florida. Fort Meyers é uma cidadezinha pequena que não tem muita coisa a não ser umas praias e uns hoteis e eu não sei porque tanta gente vem pra cá. O voo estava lotado...

Doce e Amo me buscaram no aeroporto e fomos direto pro hotel. Os dois estão aqui na turnê do Saltimbancos, do Cirque du Soleil (acho que acertei). Então, eles têm o que fazer... o resto do povo que pra cá vem, eu não sei.

Um sol e um calor dignos de verão carioca, resolvemos ir pra piscina do hotel, onde estavam os outros saltimbancos. E lá ficamos por umas várias horas... quando fui ver, eram 8:30 da noite e o sol ainda estava lá no céu, me confundindo.

Uma piscina maravilhosa... quente como eu gosto... um solzinho gostoso... uma companhia de loucos (porque quem trabalha em circo só pode ser louco) e muita besteira sendo falada em portuês, espanhol e inglês.

Saímos da piscina pra tomar um banho e ir jantar. Applebees... comi tanto que passei a noite lembrando do jantar. Estava cansado e acabei indo dormir antes de 1 da manhã, o que é praticamente uma afronta à minha personalidade.

São agora 11:30 da manhã. Eu já acordei e tomei um café da manhã bastante bom, mas comi pouco porque ainda lembrava do jantar da noite anterior.
Peguei o shuttle do hotel pro aeroporto e aqui estou, em frente ao portão B6, sendo chamado pra embarcar no meu voo da Air Tran (alguém já tinha ouvido falar nisso?) para Atlanta, onde esperarei mais um pouco (mas dessa vez, bem pouco) pra pegar o voo pra Durham. Quando tiver internet esse blog será atualizado.

- Atualizando...
Não esperei nada pra pegar o voo de Atlanta pra Durham. Pelo contrário... corri pra conseguir embarcar na hora, pra depois passar 30 minutos sentado no avião esperando pra sair. Ridículo...

Cheguei em Durham e fui recebido pelo Reese, filho do Branford. Estou agora na casa, esperando acesso à internet (preciso perguntar a senha pr alguém) e organizando as coisas pros próximos 5 dias aqui.

Nick chegou com as filhas, Peyton e Thais (que estão incrivelmente maiores do que quando as conheci), e agora falta só o Branford voltar da massagem pra pensarmos no jantar.

Por causa do café da manhã moderado, estou já com bastante fome. O que é bom, porque preciso me adaptar ao horário de funcionamento da casa que, segundo lembro, começa bem cedo e acaba cedo também. Almoço meio dia, jantar as 6 da tarde... Não estou acostumado com isso. E o sol deve brilhar até as 9 da noite por aqui também. Vai ser difícil acostumar com o iverno do Rio quando voltar.

domingo, 5 de julho de 2009

USA Today (part 6) (fotos)

São poucas, mas aí estão 7 fotos tiradas em Canton. Talvez ainda tire alguma hoje (acho difícil), mas taí. Aproveitem

O espremedor de laranja, agora numa foto tirada por mim

A imagem dos três jogadores que é um dos símbolos do HOF. Parecem três portugueses bigodudos numa ciranda.

O Lombardi Trophy (pro vencedor do Super Bowl) à minha esquerda, Pete Rozelle Trophy (pro melhor jogador do Super Bowl) à minha direita. E minha bela pose que o Miguel (excelente fotógrafo) capturou.

Eu não sou bom fotógrafo, mas o Miguel está bem melhor na foto que eu tirei do mesmo local.

George E. Hallas Trophy (pro vencedor da NFC) com muito reflexo da janela gigante que fica atrás dele. Foto de merda, mas enfim... uma foto

A entrada da parte séria do HOF. Onde ficam os bustos dos Hall of Famers. Fotos lá de dentro ficam péssimas por causa da luz. Bem legal de ver tantas estrelas reunidas. E, claro, Miguel de fotógrafo... foto tremida

O banner da JWC, preso atrás da arquibancada do Fawcett Stadium (não sei a quem é essa homenagem, mãe). Por acaso (mesmo) o alinhamento das bandeirinhas reflete exatamente os últimos confrontos do campeonato. E a única diferença na classificação final é que o Japão ficou acima do México.

USA Today (part 5)

Hoje foi dia de final de campeonato. EUA e Canadá fizeram o último jogo do JWC no que foi um jogo chato que me irritou muito no final.
Eu sou um adepto fortíssimo da esportividade no futebol americano. Por ser um jogo violento que coloca em risco a saúde de muita gente, eu não vejo razão nem sentido em jogar uma partida vencida como se ainda estivesse sendo disputada até o final.
Explico dando o exemplo de hoje.

A 6 minutos do fim do jogo o placar mostrava 42 (ou coisa parecida) pontos pros EUA, contra 3 pontos pro Canadá.
6 minutos de jogo é bastante tempo, e não existe a opção de simplesmente terminar a partida com esse placar faltando 6 minutos pra acabar.
Mas seu time tem quase 40 pontos de vantagem sobre o adversário que, nos 42 minutos anteriores, conseguiu marcar apenas 3 pontos. As chances desse adversário marcar 40 pontos nos últimos 6 minutos de jogo são tão grandes quanto as chances de você ganhar sozinho na sena três vezes seguidas.
Existem duas opções pra você, claro vencedor dessa partida. Continuar jogando seu jogo normal, fazendo passes que, se incompletos, param o relógio e demoram a terminar a partida

ou

mudar a estratégia para um jogo corrido desenhado especificamente para gastar o tempo e você poder ser declarado vencedor (e, nesse caso, campeão) o mais rápido possível, colocando a saúde de seus jogadores no menor risco possível.

A segunda opção é, na minha opinião, a opção da esportividade.

Mas, ao contrário, os americanos resolveram continuar com o jogo de passe deles, tentando marcar mais pontos pra aumentar a vantagem final no placar pra, depois de consagrados campeões, ainda poderem dizer por aí que eles ganharam o último jogo de 1 milhão a 3...

Agora, qual é a vantagem de ser campeão ganhando de 100x0 ou de 1x0?

Eu sei que essa mentalidade de humilhar o adversario é bem forte no Brasil. É raro você ver um time jogar pra gastar o tempo do último quarto quando a vitória é certa. É mais comum ver nego querendo marcar mais pontos pra tirar onda de fodão com placar elástico.

Enfim... eu acho uma bela babaquice. Mas assim como sei que não sou o único que pensa assim, também sei que os que pensam diferente são numerosos, e estão em todos os níveis da prática do esporte.

De qualquer jeito, eu acho ainda mais grave ter essa mentalidade anti-esportiva quando você é técnico de um time de garotos de Ensino Médio. É esse o tipo de exemplo que você, essencialmente professor dessa molecada, quer passar? Que não basta ganhar, o importante mesmo é humilhar o adversário?

Eu entendo a revolta contra o espírito esportivo olímpico de que o importante é competir. Ninguem compete pela simples competição. Todo mundo compete pra ganhar, se não, não há competição.

Mas é bem diferente competir para ganhar e competir pra humilhar seus adversários.

Enfim... fim de jogo e uma bonita (e looooooooonga) festa de premiação para todos os 8 times participantes do JWC (Nova Zelândia, França, Suécia, Alemanha, México, Japão, Canadá e EUA). Fim de papo no campeonato. Não sei se tem algum tipo de comemoração hoje mas também não tenho mais paciência nenhuma de conviver com o povo do futebol americano mundial.

De volta ao hotel, acho que hoje é dia de arrumar malas (Miguel vai levar meu terno de volta pra casa porque é muita sacanagem perder espaço de mala com uma porcaria que não vou usar nos próximos meses nem aqui nem no Brasil), jantar em algum lugar próximo (o almoço foi no Ruby Tuesday), ficar na internet até não muito tarde e dormir pra acordar cedo amanhã pra fazer a viagem de volta pra Cleveland e o aeroporto.

sábado, 4 de julho de 2009

USA Today (part 4)

Hoje foi dia da reunião da PAFAF. A federação panamericana é cheia de chicanos, mais americanos e canadenses (estou incluindo os brasileiros entre os chicanos só pra não contrariar).
Como ontem foi dia da IFAF e o traje era business, e eu passei o dia inteiro de terno, gravata e sapato, a preparação para o dia de hoje não foi diferente.
Nos arrumamos... terno, gravata, sapato... e descemos.
Encontramoso uruguaio na portaria... vestido de calça de corrida e camisa da nike... e logo vimos o chileno de camisa polo e calça jeans.
Imediatamente decidimos voltar ao quarto e abandonar os ternos e viver mais felizes o dia de hoje. E assim, de calça jeans e camiseta, lá fui eu de volta pro HOF, pra reunião dos chicanos.
Reunião que não se resolve muito e se cria muito problema. Ao estilo das da AFAB. Mas a culpa é nossa, né...
Pelo menos o lance foi rápido e meio dia estava todo mundo liberado.
E, com mais um cupom de 15% de desconto na lojinha do HOF, e com uma encomenda pra resolver, voltei ao mundo da tentação e, de teimosia, fui olhar a camisa que gostei do Dallas de novo, na esperança de ter se criado uma do meu tamanho.
E não é que encontrei uma tamanho M? Já está aqui, na sacolinha do HOF Shop, junto com a encomenda que comprei.

Da loja, fomos ver o resto do Hall of Fame. Tirei algumas (poucas de novo) fotos e vi coisas bem interessantes. E outras nem tanto. (a preguiça de passar as fotos do cartão pro computador por bluetooth é muito grande no momento, por isso, nada de imagens nesse post)

Depois de visitado o HOF, fomos ao Fawcett Stadium, onde fica o Pro Football Hall of Fame Field, assistir os jogos de hoje.

Tivemos três jogos na Copa Mundial de Junior (sub 19):

Nova Zelândia x França - pra descobrir quem é o pior time dos 8 participantes
Suécia x Alemanha - valendo o 5º lugar
Japão x México - valendo o 3º lugar

Começamos a ver o primeiro jogo... lá de cima, das cabines... a França dominou a Nova Zelândia o tempo inteiro que eu vi do jogo... até cansar de assistir.
Decidimos, eu e Miguel, vir ao hotel e, chegando aqui, decidimos voltar ao outlet em Aurora pra tentar comprar os óculos escuros da filha dele. Não encontramos...
Voltamos pra tentar ir na Best Buy de novo pro Miguel decidir comprar o laptop pra ele. Não conseguimos porque estava fechando.

Voltamos ao campo a tempo de ver o fim do segundo jogo. A Alemanha venceu a Suécia por 14x0, se não me engano.

Aí eu conheci o chefe da arbitragem da IFAF, que me tratou com um ar de "estou falando com um idiota", mas era de se esperar. Pelo menos ele se interessou em me ajudar a formar árbitros e me deu um material pra eu olhar e estudar.

Esperamos até o início de Japão x México, que começou frenético com TD de passe longo do Japão, depois um fumble no kickoff do México devolvendo a bola pro Japão, que aproveitou pra marcar outro TD. Depois um TD de passe longo do México. Aí mais um TD do Japão... Tudo isso no primeiro quarto. Quando o segundo quarto começou, o cansaço era gigante e a gente resolveu voltar pro hotel.

Tem uns tais de uns fogos de 4th of July hoje, mas ta faltando energia pra levantar da cama, que dirá pra sair e ver fogos... acho que a independência americana vai passar em branco pra gente.

Ta rolando uns fogos por aí afora que eu to vendo pela janela. Feliz 4 de julho pros americanos

Steve McNair

Morreu...
assassinado com tiro na cabeça, em casa.

Steve McNair foi um grande QB na NFL até 2008, quando se aposentou depois de 13 temporadas jogando pelo Houston Oilers, Tennessee Titans e Baltimore Ravens.

Era um grande passador e um grande corredor também. Pro Bowler 3 vezes, jogou um Super Bowl e era um dos três únicos jogadores a passar pra mais de 30 mil jardas e correr pra mais de 3500.

Foi encontrado morto hoje, em sua casa em Nashville, com um tiro na cabeça. Uma mulher foi encontrada junto, também com tiro na cabeça.

McNair é uma grande perda para o futebol americano, mesmo já sendo aposentado. Em 5 anos ou um pouco mais, ele deve ser eleito para entrar pro Hall da Fama... aqui pertinho de onde estou hospedado.

Descanse em paz

USA Today (part 3)

O despertador não tocou hoje. Mas o Miguel é doente e acorda cedo... estava de pé as 8 da manhã (tarde pros padrões dele) e deu tempo de corrermos pra tomar café da manhã e ainda chegar a tempo na reunião.

Fomos dirigindo, seguindo o GPS em direção ao Pro Football HOF... e, eis que no horizonte surge o espremedor de laranja gigante (a foto não foi tirada por mim, claro)

E assim eu via pela primeira vez, ao vivo, o prédio do Pro Football Hall of Fame (ou HOF para os íntimos).
Entramos, todos os representantes dos países (eram quase 60) fantasiados de pinguim em fila, passando pela roleta sem pagar e recebendo folhetos do HOF. Entramos todos (pinguins) na sala da reunião.
Bla bla bla, primeiro em inglês suéco, do presidente da IFAF.
Bla bla bla em americano, do presidente da PAFAF.
Depois, vários outros bla bla blas com sotaques mundiais como japonês, francês, chicano...
Votamos em muitas coisas que efetivamente não mudavam muito a minha vida (claro). Conversamos sobre outras que, definitivamente, não vão mudar em nada a minha vida.

Pausa para o almoço... umas verdurinhas, umas plantinhas (comi um pouco delas e estavam horríveis), pão e uns recheios pra sanduíche. Esse foi o almoço...

O bom é que antes do almoço a gente teve um tempo pra rodar os arredores da sala da reunião e ver uma pequena parte do HOF (sim, eu já sou íntimo). Eu fiquei mesmo na sala onde estão exibidos todos os anéis dos campeões de todos os Super Bowls, onde está também um troféu do campeão do Super Bowl (o Vince Lombardi Trophy), e algumas outras coisinhas como um anel de tamanho 33 (se não me engano) que quase me serve como pulseira.
Tem também nessa sala uma área só de arbitragem, mas eu ainda não tive tempo de explora-la. Farei isso amanhã, depois da reunião da PAFAF (Federação Panamericana).

E antes mesmo desse tempo livre, tivemos uma sessão (essa é com dois S mesmo, né?) de fotos. Primeiro uma foto de grupo com todos os mais de 60 presentes (o que é bastante complicado de fazer acontecer). Depois, fotos individuais. Aí sim, tempo livre pra passear no HOF e depois, almoço.

Enfim...
De volta à sala da reunião, mais bla bla bla em vários sotaques internacionais...
Campeonato Mundial feminino na Suécia ano que vem
Campeonato Mundial de flag no Canadá ano que vem
sei lá mais o que sei lá quando sei lá onde...

Das 9h às 17:30 eu passei ouvindo. E aí, com 15% de desconto na loja do HOF, só consegui encontrar uma camisa interessante pra comprar. E não tinha o meu tamanho (claro... não tem anão aqui nos EUA. Não existe camisa M em lugar nenhum. É tudo L pra cima).

Eram 6:10 quando saímos do prédio, e o sol estava bem alto no céu ainda.

Como o ônibus só sairia 10 minutos depois, aproveitamos pra tirar umas (poucas) fotos e o Miguel, mestre em enquadramento, tirou essa aí (que foi editada, cortando quase metade da sobra de paisagem à minha esquerda pra não ficar tão feio), que prova que estamos mesmo aqui.

Quando essa foto foi tirada, eu ainda tinha o pin da bandeira brasileira [claramente visível, preso na lapela (?) esquerda do terno]. Mas quando o neozelandês pediu pra trocar, eu não tive como negar... agora eu tenho um pin do capacete do time neozelandês (os all blacks do futebol americano) escrito HAKA. E um outro do HOF, distribuído pelo sujeito que deve ser o dono do lugar, a julgar pela placa de seu carro


No restaurante, hoje de jantar (pra americano... 7 da noite não é hora de jantar). Um prato de salada (é... estou começando a não me reconhecer) pra abrir. Depois frango assado, uma carne sei lá como (mas até que boa) e penne ao molho de tomate doce. As 8 da noite, com o sol ainda alto no céu (aqui não escurece antes das 9:30), Miguel e eu resolvemos abandonar o povo no restaurante. Está todo mundo andando no ônibus da organização mas eu e ele, que somos chiques, estamos de carro. Era hora de voltar pro hotel... mas, no último momento, resolvemos ir à uma Best Buy procurar um computador pra ele e um pen drive pra mim (que aqui ninguém conhece como pen drive, mas como flash drive).
Não compramos nem um, nem outro. E decidimos ir ao Wal-Mart. Eu precisava de um hidratante porque meus pés estão ficando como quando saí de Aspen em 2006... tão ressecados que mal dá pra pisar no chão.

Uma das cenas mais engraçadas da viagem foi eu e Miguel com um carrinho de compras (porque não tinha uma cesta, que seria muito mais recomendável visto que a ideia era comprar apenas o hidratante), na seção (agora com ç se não me engano) de cosméticos, olhando praquilo sem ter a menor ideia do que comprar... Até que ele apontou pra uma coisa na prateleira, eu li "Moisturizes to heal severely dry skin"e.... Decidido.

Um hidratante num carrinho de compras.

Pra não ficar tão feio, fomos à seção de farmácia pra comprar remédios que a Cida, mulher do Miguel, pediu. Umas caixas de Tylenol depois, ainda estava ridículo aquele carrinho. Fomos passear à procura do pen drive que eu não encontrei de novo (por um preço justo, claro. Tinha um monte, mas caro). E decidimos que era hora (já estava escuro).
Duas barras de Kit Kat a mais, tudo pago num caixa automatizado (maravilhas da tecnologia), voltamos pro hotel.

Amanhã é dia de uma reunião rápida (previsão de 2 horas) da PAFAF. Depois tem dois jogos da Copa do Mundo Junior de Futebol Americano.
Primeiro, Suécia x Alemanha na disputa pelo 5º lugar.
Depois, Japão x México na disputa pelo 3º lugar.

Dizem que o previsto é dar Suécia e México. Mas já ouvi dizer que o Japão fez jogo duríssimo e só perdeu pro Canadá no último minuto na semi-final. Então, acho que vai ser bom jogo.

De qualquer forma, vou passear no HOF amanhã depois da reunião. Ver tudo o que eu conseguir dos herois do futebol americano profissional e sair daqui maravilhado de um dia ter conhecido esse lugar.

E amanhã é dia da independência americana. Parece que vai ter festa com fogos de artifício depois do segundo jogo. uhu...

acho que não esqueci nada, mas se esqueci...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

USA Today (part 2)

A espera foi longa... o almoço foi costela e linguiça com molho barbecue, salada de batata e feijão (doce), que ficou me fazendo lembrar dele o dia inteiro (não só o feijão... o almoço inteiro).

Durante a espera em Houston vimos três voos de lá pra Cleveland sairem, os três lotados e com fila de espera. Até tentei ver se conseguia ir em um mais cedo, mas era impossível, e eu e Miguel ficamos achando que se conseguissemos, talvez nossas malas só chegassem mais tarde.

Mas depois o Miguel, que é engenheiro de logística, achou que isso era improvável e que a grande possibilidade era das nossas malas terem ido no voo mais cedo e já estarem nos esperando.

Embarcamos pro nosso voo as 13:14. Avião cheio pra caraleo, muita gente na lista de espera. E muitos desses entraram no avião e um deles roubou meu lugar. Fui sentar em outra poltrona, o que não fez diferença porque, cansado como estava, dormi de Houston até Cleveland. Sentado entre um gordo e um sujeito viciado em quadrinhos.

Em Cleveland, nossas malas nos esperavam fora da esteira, provavelmente desde umas 9 da manhã. Eram 5 e pouco da tarde (horário de Cleveland) quando pegamos o ônibus pra central de locadoras de carro. Eram quase 6 horas quando conseguimos entrar no carro.

Miguel precisava tentar executar a lista de compras da família e eu também podia aproveitar a oportunidade pra ver preços e talvez comprar alguma coisa.
Pegamos a estrada de Cleveland pra Aurora, onde há um outlet. Alugamos um carro com GPS e é bem estranho dirigir tendo que olhar pra tela do aparelho e ouvindo aquela mulher dar instruções de quando em quando. Mas assim, conseguimos chegar à cidade de Aurora e ao outlet.

Experimentei o Bose Quiet Confort 2 e o 3 e acho que me decidi pelo 2 que, apesar de ser movido à pilha AAA, me pareceu mais confortável e confiável. E é quase 100 dolares mais barato. Mas só vou comprar isso em Durham, onde o imposto é mais barato.

Acabei comprando um casaco da GAP (sem GAP escrito em lugar nenhum que é pra não fazer propaganda feia e gratuita) azul e um tênis novo. Pra manter a tradição que eu criei em 2006 de só ter tênis da Nike Azul, comprei esse Nike Air Pegasus 83 azul e "dourado"


mas ele fica assim com mais luz

E assim, voltamos pro carro pra pegar mais estrada. Viemos por dentro de Aurora, cruzamos a cidade inteira (acho) até pegar a Interstate 76, depois a 77 pra chegar em Canton as quase 10 da noite.

Estamos no Courtyard by Marriott, que é um hotel bastante honesto. Num quarto que, inicialmente, teria apenas uma king size bed mas o sujeito da recepção fez o favor de não me obrigar a dividir a cama com o Miguel. O quarto tem duas camas bem grandes e aparentemente confortabilíssimas (não que qualquer coisa seja menos confortável do que poltrona de avião, mas enfim...) e é todo decorado com quadros de futebol americano. Essa cidade, Canton, vive disso. É a casa do Hall da Fama da NFL e recebe muita visita por isso. Tudo aqui remete ao esporte (o que eu acho ótimo).

Jantamos no Applebee que é a única coisa aberta depois das 22h nesse lugar. Eu comi uma salada ceasar com frango (é... salada... com frango) e tomei iced tea "sem açúcar" (a falta de açúcar é culpa de 5 pacotinhos não adoçarem porra nenhuma). E agora é hora de dormir.

Amanhã o dia começa cedo pro café da manhã. E o congresso que tem uma reunião com uma pauta gigantesca que vai ocupar a gente das 9h às 18h. E depois disso tem um jantar de confraternização. Tudo isso de terno!!!

Não tenho fotos de hoje... vou tentar ter de amanhã pra não ouvir reclamações.
Hora do banho e cama

quinta-feira, 2 de julho de 2009

USA Today (part 1)

Meu irmão me levou pro aeroporto porque ele é muito bonzinho. Mas antes, tínhamos que passar na UFRJ pra buscar a Bel, sua namorada.
Linha vermelha, chegamos na saída pra cidade universitária e, um metro a frente, tudo parado.
Parado mesmo... por causa de um acidente horrível na linha vermelha.
Por sorte, é possível contornar o problema e fazer um caminho alternativo e fugir do trânsito por dentro do fundão.
Leco me deixou no aeroporto e partiu pra não pegar trânsito. No caminho de volta, me ligou pra dizer que eu dei a sorte do ano... porque àquela hora, as pessoas estavam saindo do carro, desistindo de conseguir chegar em qualquer lugar usando a linha vermelha.

Pedem pra chegar 3 horas antes do horário do voo pra poder passar por todo o processo de segurança, check in, polícia federal etc com tempo de sobra.

Em 30 minutos eu tinha registrado todos os meus eletrônicos, passado pela "segurança" da Continental, feito ocheck in e estava sentado no Café Palheta pedindo um Egg Cheeseburger e vários mates com o Miguel. E ainda faltavam 2:30 pro voo... como o tempo passa devagar quando a gente precisa de velocidade.

Como quase não tinha dormido as três últimas noites, estava exausto quando embarcamos. A viagem Rio-SP foi, obviamente, vazia. Não tinha praticamente ninguém no avião mas, ainda assim, sabíamos que o voo estava lotado. Em SP, brotava gente pelo bagageiro. Que coisa incrível...

Eu e Miguel não conseguimos acentos adjascentes (tem um S sobrando?) e, obviamente, apareceu um sujeito pra sentar do meu lado que estava com um primo sentado em outro lugar. Pediu pra trocar... eu não vi problema e lá fui eu, da fila 44 (a penúltima do avião) pra 36. Lá chegando, tinha um americano que imediatamente me perguntou se eu me incomodava de trocar com a filha dele. Eu, que já estava em pé mesmo, e não tenho apego à poltronas específicas, me mandei pro lugar da filha do americano, na fila 22. Sempre no corredor.

Lá sentado, liguei o iPod, segurei o sono até o jantar ser servido. Comi e apaguei... dormi mal, claro, afinal de contas estava num avião na classe econômica. Mas dormi até ser acordado com o café da manhã sendo servido. Uma hora antes de aterrissar... Dormi quase 8 horas direto!

Café da manhã devidamente comido, papéis de imigração preenchido, lá fomos nós em direção às autoridades da fronteira americana.

- What are you doing in the US?
- Visiting the Pro Football Hall of Fame and watching the final game of the Junior World Cup
- I need your four fingers on the right hand... now thumb... four fingers on the left hand... thumb. I need a picture. Thank you. What kind of work do you do?
- I'm a musician
- Ok, take a right and have fun on your stay
-Thanks

E lá fui eu buscar a mala pra mandar de novo pra Cleveland. Porque os americanos precisam revistar todas as malas, então você precisa busca-las e redespacha-las (aham...) pra sua conexão.

Eram 6 e pouco da manhã quando nos liberamos dessas obrigações. Nosso voo pra Cleveland está marcado pras 13:40. Tomamos café da manhã de novo (já metendo o pé na jaca das comidas altamente saudáveis dos americanos com um burrito do Wenddy's) e bateu um desespero porque ainda não eram nem 8 da manhã quando ficamos sem mais o que inventar pra fazer pra passar o tempo.

Pois que há internet no aeroporto. Não é grátis, claro, mas assinando o plano mensal por 10 dolares eu posso usar internet em vários lugares espalhados pelos EUA e pelo mundo durante a viagem. Sem contar que eu posso cancelar o plano a qualquer momento e pagar apenas os 10 dolares por mês no cartão de crédito. Então, está valendo.

Tudo isso pra dizer que está tudo bem. Cheguei bem aos EUA, me deixaram entrar. E agora estamos caminhando para o mundo do futebol americano em Canton, Ohio. Quando chegar ao hotel, ou alguma coisa interessante acontecer no aeroporto de housont que valha um post, eu volto.