domingo, 8 de novembro de 2009

Brasøv no Zozô (edição pós-show)

Pois assim foi hoje à noite (ou já seria ontem à noite, visto que são quase 5 da manhã?). O show rolou lá no Zozô. Algumas pessoas apareceram pra ver. Outras simplesmente lá estavam e foram forçadas a ver da mesma forma.
Quem gostou, gostou. Quem não gostou foi embora no meio. E teve isso mesmo... gente indo embora no meio. Eu gosto assim...

O lugar é quase interessante, mas também bastante bizarro.
Pra quem não foi ainda, um aviso importantíssimo...
na área onde rola o show, não há ar condicionado. Apenas algumas janelas e uns ventiladores que, nesse calor ensurdecedor, servem pra fazer o bafo quente rodar pela sala (aliás... cobrar 40 reais por um show do Brasøv sem ar condicionado me parece uma ideia bastante retardada. Que dirá cobrar 70 ou 80 por shows de gente famosa).

O tal do Restaurante Zozô é uma evolução do Plataforma (onde atualmente fica o próprio Zozô). Não há show de mulatas, mas o clima é todo pra gringo. Afinal de contas, que carioca em sã consciência frequentaria um lugar ao lado da estação do bondinho do pão de açúcar, lugar 200% turístico?

E por ser uma ideia pra turista, obviamente tem preços abusivos. Tomar dinheiro de turista deve ser uma coisa tão boa que todo mundo copia. O problema é que turista não conhece o Brasøv... e aí acaba que os preços abusivos caem todos nas cabeças dos pobres coitados dos admiradores desse conjunto tão espetacular.

Estava quente pra caraleo de verdade mesmo... mas o show teve seus momentos ótimos, assim como teve seus momentos fracos. É difícil passar pela experiência de tocar em um restaurante... tipo musica ao vivo em churrascaria. Não é fácil pra quem não está acostumado, e o Brasøv definitivamente não está. Mas até que a gente conseguiu conquistar quem estava lá prestando um mínimo de atenção.

E como todo lugar metido a chique, com preços abusivos, o Zozô também é frequentado pela elite carioca, seja financeira ou popular.

Hoje lá estavam Glenda Klosklovskaya (aquela apresentadora do Globo Esporte cujo nome eu não sei escrever) e aquela modelo Leticia Brinkerstoffenhauer (outra cujo nome é insoletrável, se é que essa palavra existe). Ambas acompanhadas de amigos, gastando fortunas naquele lugar bizarro, onde o ar condicionado só funciona na área chique, e que vira uma boate ou coisa parecida depois do show (as luzes se apagam, as mesas se iluminam com velas, e um DJ coloca alguma coisa que está alta demais nos alto falantes da casa). Eu, obviamente, saí antes disso acontecer... só vi as luzes apagando e fugi logo.

A banda tem direito a uma refeição (com escolha entre risoto de tomate e um filé com fritas) e três cervejas (e quem não bebe toma três refrigerantes e ainda faz a casa sair no lucro).

Eu escolhi o filé. Não estava nem na pilha de risoto (o que é um milagre da natureza), nem na pilha de tomate... mas, de cara, fiquei irritado com a casa por eu não ter a opção de trocar as batatas fritas por qualquer outra coisa (ok, ok... eu sou da banda... estou ganhando uma refeição e ainda quero dar trabalho pra cozinha???).
Me irritou ainda mais quando os pratos chegaram... a carne, apesar de macia, estava fria.
Àquela altura (deixamos pra comer depois do show e era meia noite) eu já não queria mais discutir nada com ninguém... se eles não me deixaram trocar as batatas fritas por qualquer outra coisa, imagina o que aconteceria se eu reclamasse que minha carne estava fria?

Eu imagino que os clientes que pagam pra comer naquele buraco, devam receber pratos e comidas quentes... quem se fodeu fui eu porque, afinal de contas, músico tem mais é que se fuder mesmo, né? Aliás, nunca ficou tão claro aquele papo de que músico tem que entrar pela cozinha... não pode entrar pela porta da frente.
Pra dar uma pequena ideia, chegamos eu e Fabiano no restaurante, e nos dirigiram à entrada de serviço que, obviamente, passa pela cozinha.
Mas a entrada de serviço sai no fundo do restaurante, e o palco é exatamente do lado da porta de entrada.
Ou seja, entramos pela cozinha e cruzamos o restaurante inteiro até chegar ao palco.

A ideia de não deixar os réles músicos se misturarem aos clientes do restaurante daria mais certo se nos deixassem entrar pela porta principal (mas aí já é querer demais... daqui a pouco tô até pedindo tapete vermelho na entrada, só pra mim).

Por fim, depois de tocar, suar a camisa de verdade, comer carne fria e ver as luzes se apagarem praquele lugar virar uma boate/puteiro ou sei lá o que, fomos fechar nossas contas e ir embora.
Um erro na conta do Fabiano revelou mais dos preços abusivos do local...
4 refigerantes foram cobrados dele (indevidamente e ele não pagou), e o valor dessa brincadeira era de 23 reais!!!!

23 reais por 4 refrigerantes!!!!!

5,75 por latinha de refrigerante!!!!!!

imagina quanto não deve custar o tal do filé frio ao molho de mostarda que eu comi

No fim das contas, o show foi legal. O público que estava prestando atenção gostou. E o resto que se fouda.

Era bom eu dormir um pouco agora porque amanhã tem churrasquinho na laje do Barba lá do outro lado do mundo, pra o Canastra gravar um videozinho legal que será divulgado em tempo.

então, é isso...

Um comentário:

marinaesanta disse...

Quase 6 paus por uma coca??? é quase preço de drogas pesadas!!!!