quinta-feira, 8 de outubro de 2009

mais uma aulinha

Eu sei que todo mundo já passou por isso...

Sabe aqueles dias que você sente uma necessidade quase incontrolável de perder tempo? Que você sente que precisa ficar horas e horas compromissado e envolvido com alguma coisa que não vai servir pra muito mais do que gastar seu tempo mesmo?
Aqueles momentos em que você sente que seu coração só terá alívio se você passar o dia inteiro em função de uma coisa que, apesar de não te exigir absolutamente nada, vai te impedir de resolver qualquer outra questão da sua vida?

Pois então... a solução pra esses dias é relativamente simples.

Encontre um programa de televisão pra fazer!

Era meio dia quando chegamos (Canastra) ao prédio da MTV. Todo mundo com fome e cansado de ter que acordar de madrugada pra pegar o voo das 10 da manhã pra SP. Subimos até o estúdio onde o programa aconteceria, deixamos equipamentos e malas por lá e descemos pra famosa padaria do lado da MTV (não me pergunte o nome do lugar).
Pedimos a comida, comemos, falamos besteira, eu não resisti e pedi uma banana split... nisso a gente gastou umas 2 horas e estávamos por lá enrolando até que o produtor do programa (ou qualquer coisa que valha) apareceu pra nos chamar pra subir pro estúdio.
Nosso cronograma dizia que a montagem começava às 14h pra passagem de som ás 16h e o programa das 17h às 19h.
Faltou avisar que, após a montagem, que não levou mais de uma hora pra acontecer, a gente teria que esperar o término da gravação de um outro programa que usa a mesma centra técnica do nosso e, por isso, não poderíamos fazer barulho.
E que a gravação desse programa, apesar de marcada pras 14h, nunca acontece antes das 16h, horário da nossa passagem.
E que o programa, apesar de acontecer das 17h às 19h, não contaria com nossa participação antes das 18:30.
Basicamente, não nos avisaram que passaríamos, depois da montagem do "palco" mais 2 horas, pelo menos, sem fazer nada.

E assim foi... 1 hora esperando pra passar o som. A passagem de som, em si, durou 30 minutos no máximo.
Aí fomos pra sala da produção que nego improvisa de camarim. Não eram nem 17h ainda mas a sala é legal porque tem umas cadeiras que são presas no teto, como balanços. E eu, que sou bem criança, fiquei lá me divertindo.
Disseram que a gente ia pro programa as 18h. Que iam rolar 3 ou 4 músicas e umas conversas e tal.
Faltando 15 pras 18h alguém diz pra gente que vamos pro estúdio em meia hora.
18:15 e nada acontece.
(nesse meio tempo a gente gravou umas vinhetinhas pra dois outros programas, um deles do Mion e o outro chama Tocaí, ou cousa do gênero. Mas isso não gastou nem 15 minutos de espera)
Finalmente acabaram com nossa espera por volta das 18:25 e fomos pro estúdio.
Não tenho ideia dos nomes dos apresentadores do programa (que originalmente são 3 mas ontem só tinham 2, um rapaz e uma senhorita) mas tenho uma questão. Quando você recebe pessoas no seu trabalho ou na sua casa, não é legal pelo menos dar oi, falar alguma coisa... pelo menos fingir que é uma pessoa sociável (e olha que quem pergunta é um sujeito vestido numa blusa que diz "Fuck you fuckin' fuck)?
Pois... entramos alheios aos apresentadores do programa. Nos posicionamos pra tocar e esperamos o intervalo terminar.
Ao vivo, aí sim fomos cumprimentados. Uma meia dúzia de perguntas básicas e uma música. Mais um quarto de dúzia de perguntas, agenda de shows, e mais uma música.
Intervalo. Nenhuma palavra trocada entre produção, banda, e apresentadores.
Volta do intervalo, mais um bla bla bla inútil, e a última música.
Fechamos o programa com Conhaque, música que não tem sopros. Eu e Marco ficamos (eu mais ainda) fingindo que jogávamos cartas. E aí eu tenho outra questão (minhas questões com a simpatia dos outros está ficando ridícula).
Ao ir embora de um lugar, é muito sofrível esperar 2 minutos pra se despedir dos seus convidados ao invés de ir embora à francesa enquanto eles tocam?

Enfim... não me importo nem um pouco com não ter falado especificamente com esses dois apresentadores, cujas identidades ignoro completamente. Mas, mais do que simpatia, é uma questão de educação. Ou não?

Bom... assim que se faz. De meio dia às 19h com 1:30 de tabalho, no máximo. Uma linda forma de jogar 5:30, pelo menos, de tempo no lixo. Assim é a televisão. Isso porque a gente nem foi ao Faustão, onde o clássico é perder o dia inteiro pra aparecer 20 minutos.

E no fim das contas... alguém aí viu o programa?

Pois é.

Noite de bobeira no hotel com internet em SP... não sei se era a fome absurda mas o Steak Diana que eu pedi às 23h estava quase sensacional. Um pouco salgado demais, mas é culpa do molho inglês e dos ingredientes do Diana que são meio carregados no sal mesmo. Jantei bem feliz...

Agora, quinta-feira, aguardo o povo da banda voltar da Rua pra partirmos pra rodoviária, rumo a Campinas, onde tocaremos hoje de noite.

3 comentários:

Natália Lepri disse...

Ahhh é questão de educação sim.. que absurdo.

marinaesanta disse...

Ainda bem que você não vai divulgar o nome desses apresentadores, pra não dar cartaz a gente sem educação...

Unknown disse...

Aos dois mal educados, minha completa indiferenca. Jah ao Steak Diana... empolgacao plena!! :)