sexta-feira, 9 de abril de 2010

às vezes nada sai

Tantas coisas acontecem na vida das pessoas ao mesmo tempo. Às vezes é difícil até dar atenção a tudo o que se passa. Ainda assim, algumas pessoas conseguem sentar na frente do computador e escrever em seus blogs, diários, sites, emails... basicamente, ser produtivo com as palavras.
Eu não...
Muito trabalho (ainda bem), muitos shows (ainda bem), alguns ensaios (às vezes não tão ainda bem assim), novos projetos (que mesmo sem tempo, isso é ser louco) e algumas coisas e/ou problemas antigos (ou seriam antigas? com quem eu devo concordar nesse caso? com as coisas ou com os problemas?). Tudo isso junto me tira a vontade e/ou habilidade de escrever alguma coisa que preste.
Nem mesmo divulgação dos últimos eventos eu fiz.

Talvez seja hora de tentar mudar isso com um resumo (ha ha ha) da minha história recente.

Alguns dos trabalhos foram finalizados, com ênfase especialíssima no fim da edição do "É Com Esse Que Eu Vou", que não é disco da banda com o mesmo nome, mas um projeto à Sassaricando, sob produção de Luis Filipe de Lima, o que sempre significa muito trabalho.
Pois esse me levou quase 4 meses corridos pra finalizar. Peguei o material em janeiro, época em que a última coisa que minha cabeça conseguia pensar era em trabalhar.
O carnaval veio e foi, e eu sentado na cadeira no quarto do meu irmão atacando baterias, surdos, pandeiros, ganzás, reco-recos, caixas, repiniques, congas e baixos.
As águas de março vieram de leve, e eu sentado na frente do computador atacando violões, cavacos e 7 cordas.
Finalmente, numa noite em claro lá no estúdio, o fim se aproximou e finalmente chegou.

Minhas idas à Tenda ficaram um pouco suspensa durante o processo insano de edição do É Com Esse, mas já se normalizaram e Carlinhos, apesar de ter sofrido um pouco hoje, já está mais contente. Obrigado ao universo por termos encontrado o Henrique quando mais preciso. E ta mesmo na hora de colocar o inglês pra trabalhar. Se ele quer morar no Brasil, era bom trabalhar no Brasil também um pouquinho, né?

Ensaios com o Canastra para criações de arranjos das músicas novas para a gravação de um single e, num futuro próximo, do terceiro disco da banda, meu primeiro com eles. Confie em mim!

Shows com o Jonas Sá, numa linda temporada no Cinemathèque em fevereiro/março, com uma banda incrível na qual nunca achei que realmente me encaixava (é difícil se achar confortável em meio a Raphael Miranda, Rafael Rocha, Alberto Continentino e Pedro Sá).

Shows com o Brasøv (hein????). Sim... shows com o Brasøv. Em dezembro a gente conversou e resolveu que, de repente, era melhor dar uma desascelerada (ta certo isso?) nos concertos. Janeiro chegou com um showzinho só... devagar como tínhamos combinado. Fevereiro nos viu uma vez no Rio e outra em SP. Aí chegou março pra desandar tudo... 4 shows no mês, abril mais 2, talvez 3, e maio batendo recorde de 2009... são 9 shows em um mês, mais a gravação do Som Brasil da Rita Lee.

No meio de tudo isso me consumindo bastante tempo, finalmente consegui, me juntando à Tetê e Sol, tirar da imaginação, do papel e colocar no mundo o embrião de uma orquestra de música balcânica. Nasceu a Go East Orkestar de folclorices e ciganices balcânicas. Ainda somos poucos, mas somos fortes como a música. Um dia seremos muitos e aí vai ser bom demais.

Enquanto isso a vida vai passando. Novas pessoas chegando. Velhas pessoas sumindo. Algumas pessoas reaparecendo. Umas sensações novas. Outras nem tanto. Alguns pensamentos comuns. Outros inéditos. Umas conclusões satisfatórias. Outras um pouco perturbadoras. E algumas inconclusivas.

Às vezes acho que se eu conseguisse traduzir o que se passa comigo em letra ou música, talvez saíssem coisas boas. Nunca tive essa habilidade, no entanto. Imagino que isso possa ser dito da maioria das pessoas do mundo. Sorte dos que conseguem fazê-lo. Mas não me acho menos sortudo porque não sou um deles. É só que a grama do vizinho é sempre mais verde. Mesmo quando sabemos que a nossa grama também é ótima.

Enfim, esse papo herbívoro de grama não é pra mim. Meu negócio é mesmo a carne. Vamos à caça de um pouco dela em Sorocaba e São Paulo.

Um comentário:

marinaesanta disse...

Até que não foi um resumo tão longo assim... em se tratando de você, achei bem sucinto!