segunda-feira, 16 de março de 2009

como se enfrenta uma alcateia?

Não sou formado em licenciatura. Não fiz nenhuma aula de ditática ou coisa do gênero. Não sei ensinar muita coisa pra ninguém (a não ser futebol americano, mas não vai ser esse o caso). Mas aceitei dar uma aula (substituindo a professora) de música numa escola e agora tenho que encarar uma manada de adolescentes furiosos no meu pior horário (a manhã).
Eu devia ter me preparado... devia pelo menos saber a idade das crianças... mas nem isso eu fiz. Devia ter pensado num plano de aula, alguma coisa do gênero. Mas, como eu disse, não aprendi nada sobre isso na faculdade que eu não fiz. Meu irmão sabe... ele se formou (garoto bom!). Eu não. Eu só sei que tenho uma hora e trinta minutos na frente de uma turma de moleques querendo (ou não) aprender alguma coisa que eu não sei ensinar.

Natita (que lê isso aqui mas se esconde) sugeriu que eu focasse em música vocal. É uma boa forma de ensinar... se não fosse, não haveria tanto coral infantil e juvenil por aí em escolas e cursos. Mas eu não sei nada sobre o assunto e não vou me meter a quebrar a cara mais do que já devo.

A única forma de eu me dar bem falando de música (e ainda assim há um risco de não dar certo) é concentrar no pouco que eu conheço. Stevie Wonder, Branford Marsalis, Fanfare Ciocarlia e afins. Se eu soubesse alguma coisa sobre música nordestina ou tivesse alguns exemplos pra dar, poderia relacionar a música dos balcãs com a música do nordeste. Mas não é o caso. A relação vai ter que ser imaginada.

Mas até que não é má ideia... perguntar o que a garotada escuta em casa... ver quantos emos existem numa sala de aula... sacanear todos eles... descobrir se existe algum adolescente doente como eu ouvindo jazz (deve existir)... discutir e mostrar BMQ pra eles... descobrir quem conhece Stevie Wonder... mostrar pra eles que todos conhecem apesar de talvez não reconhecerem... e afogar as crianças em música cigana do leste europeu.

Deve cobrir uma hora e meia. Mas se não cobrir eu improviso.
Não é o melhor plano pra quem é técnico de futebol americano e deveria estar preparado pra cada desafio. Mas enfim... vamos que vamos

2 comentários:

Sarah disse...

Acho que vou matar a minha aula para assistir a sua aula hein...
Provavelmente vou lucrar muito mais do que ficar ouvindo o meu professor gay-tarado, o que é uma redundância, gay é tudo tarado (galera GLS - ou LGBTTTs pra atingir toda a classe- isso é um elogio, ok?!)

Miss Condessa de AlparGatas Domitila Cute Lil Kitty de Orleans e Bragança Krieger disse...

Leve mate.