quarta-feira, 18 de novembro de 2009

e a festa continua

Onde estávamos no último post?

Ah... sim... tínhamos acabado de conseguir entrar nos quartos recém liberados por gente que foi embora na madrugada... arrumaram panos pra gente trocar e iamos tentar dormir.

Terça-feira chegou e nós fomos almoçar na hora que acordamos (o que não é nenhuma novidade pra mim). O SESC distribuiu uns tickets pra cada um de nós da banda... 2 tickets por dia pra alimentação. E deu uma lista de restaurantes conveniados. Então fomos procurar um deles... chegamos, comida a quilo... bastante boa, por sinal, e barata (ainda bem).

Eu me servi de um prato, pensando em repetir depois, já que o tal do ticket de alimentação devia dar conta da minha comida. Um ticket pro almoço, um pro jantar, pensei eu.

Eis que me passam a informação de que cada ticket valia 6 reais nos restaurantes...

6 reais por ticket... 2 tickets por dia. Nossa diária de alimentação aqui na Mostra SESC é de 12 reais.

Alguém aí consegue almoçar e jantar por 12 reais no Brasil? (eu sei... muita gente passa fome e/ou dá um jeito de comer por muito menos. Se eu tivesse uma cozinha aqui no hotel eu poderia gastar 12 reais comprando ingredientes pra fazer minha comida. Mas não é o caso. Mas tudo bem... vou reformular a pergunta)

Alguém aí consegue almoçar e jantar fora de casa por 12 reais?

Sem mais sobre o assunto no momento...

No fim da tarde fomos pro SESC aqui de Juazeiro, onde faríamos nosso show. Chegamos lá com o grupo Segunda Toada para João e Maria (ou pelo menos eu acho que é esse o nome do grupo, de acordo com a programação da Mostra) se apresentando. Deu muita pena da moça que cantava com uns 800 mil kwatts de potência de luz na cara dela e o suor quase jorrando do rosto da coitada.
E deu muita pena de nós todos também, porque nos apresentaríamos em pouco tempo debaixo daquela mesma lua artificial.

Ao lado do palco, dentro de um teatro ar refrigerado, o Felipe montava o cenário de sua peça "Ele precisa começar" que eu, desnaturado, não vi nos tantos meses que ela ficou em cartaz no Rio. Aproveitamos que tínhamos tempo de espera até o fim do show da Toada e fomos pra dentro do ar refrigerado do teatro para um breve refresco.

Pois que não tarda a vir a má notícia. Ricardinho vem com a informação que, depois de inúmeras tentativas de entender o que dizia o sujeito, depois de pedir pra ele falar mais alto, mais lento, mais claro, ele finalmente entendeu que o rapaz dizia, como se estivesse dizendo uma única palavra "abateriataaímascomoéquevaiiçarospratos?"

Como é que vai içar os pratos? Como assim? Oras, muito simples... não havia ferragem de bateria. Estavam apenas os tambores da bateria no palco. As ferragens não vieram... aparentemente, ou o povo não sabe ler o rider ou se confundiu imensamente na hora de executa-lo.

Problema não é meu... nossa produtora honorária, Bia Brownie (que agora trata de assuntos mais sérios também), foi correr atrás do prejuízo enquanto nós nos refrescávamos no belíssimo teatro Patativa do Assaré.

Um tempo depois fomos montar o palco. As ferragens da bateria chegaram durante esse processo. Conseguimos tirar som de tudo sem muito problema, montar tudo sem muita demora, jogar um pouco de frisbee enquanto isso...

E, no fim das contas, o show foi foda... passamos um calor com os milhões de watts de potência da luz, mas nada que nosso disfarce de Canastra não resolvesse (gostaria de ilustrar tudo isso com fotos, mas não sei se alguém tirou dessas e eu, com certeza, não o fiz. Até porque não tenho mais câmera)..

O som estava bom. O público, apesar de pouco, bem animado e interessado. Ninguém xingou a gente, nem jogou coisas no palco, nem nada do gênero. Microfones sem fio são a melhor invenção do mundo para o Brasøv (preciso mudar isso no rider e preciso comprar o meu pro sax... ou seja, preciso ficar rico!). O que mais se pode dizer da apresentação?

Sempre serve pra deixar de lado as questões que costumam surgir no Brasøv. O que, por um lado, é ótimo. Por outro é péssimo (mas diz aí... o que não tem um lado ótimo e um lado péssimo?).

Depois do show, uma horinha de descanso antes de voltar ao ar refrigerado do teatro, desta vez pra assistir a peça do Felipe Rocha (o homem objeto). "Ele precisa começar" é uma espaçonave de beleza cintilante. Se eu tivesse tido a pachorra de ir assisti-la no Rio eu com certeza me esforçaria em indica-la às pessoas. Mas não... não tive essa mínima competência.

Eram quase 2 da manhã quando ao hotel voltamos. E hoje é dia de Crato. Daqui a pouco sairemos para esta empreitada. Felipe já está lá montando o teatro pra peça. Nos veremos em breve, com muito amor no coração, harmonia, ternura, suingue e simpatia

2 comentários:

marinaesanta disse...

EU consigo comer com seis reais em restaurante a quilo!!!!! nas segundo meus filhos, eu finjo que como comida, o que gosto mesmo é de beliscar... Se eu tivesse que beliscar por seis reais, certamente não conseguiria!

tendadaraposa disse...

te deixar rico, nem pensar, um sistema sem fio, não vai dar também não. Já te mandar uma graninha prum almoço melhorzinho eu posso. Vai querer? Ou então te mando uns chocolates por sedex.