tem alguém muito parecido comigo na folia

Depois de passar dias conversando com a patricia ontem, foi dormir quase 6 da manhã e fui acordado quase 11 pra ir pra filmagem do curta de um amigo. Depois eu até detalho o filme, mas só quando eu souber o nome e que nome (artístico) dar pro diretor.
O que eu adoro de filmes e cinema é que o tempo de espera nunca é nem minimamente equivalente ao tempo de trabalho. E hoje de manhã, por exemplo, eu esperei uma hora e meia pra filmar uma cena de 5 segundos. Na verdade foi 1:30 de espera pra "trabalhar" por 10 segundos (contando ensaio e gravação). Mas tudo bem porque é todo mundo amigo e a gente se diverte.
E de lá essa criatura que parece muito comigo resolveu que devia ir ao Empolga as 9. Meu irmão toca no bloco (e de vez em quando baixo com a banda) e eu fui lá ver o rapaz tocar. Sabendo que sofreria por não poder tocar... então já fui preparado pra não ficar muito tempo pra sofrer o mínimo possível.
Chegando lá eu descubro que Leco vem ensaiando com o bloco às quintas-feiras de noite. E que ele não me chamou pra nenhum ensaio, e que se eu tivesse ido a dois, que fosse, eu tocaria. Mas irmão é assim mesmo. Filadaputa, afinal é a mesma mãe (que é uma santa).
Enfim... cheguei, tava sol e eu estava sem protetor. Arrumei uma sombra, fiquei do lado do Leco enquanto o bloco não começava a tocar.
O Empolga tem uma corda profissional de isolamento pra bateria e carro de som, e uns entrões amigos de povo do bloco ficarem protegidos do povão. Eu fui expulso (auto-expulso, eu diria) dessa corda assim que o bloco começou a tocar. E já tinha decidido que ia deixar o bloco ir andando enquanto eu ficava parado e voltava pra casa.
Mas aí uma das donas do bloco, com quem toquei no Monobloco, me chamou pra dentro da corda de novo e eu resolvi adiar minha saída.
Na frente do carro de som, que fica na frente da bateria, eu e os entrões como eu estávamos enquanto o bloco andava pela mínima Rua Henrique Novais, em Botafogo. O trajeto do bloco era meio assustador pela quantidade de gente. Saiu da Henrique Novais, entrou na Real Grandeza e depois na Visconde de Caravelas, onde acabou no terceiro quarteirão (pro povo de fora do Rio a tradução do trajeto é simples: Από τις ειδήσεις, στο βασιλικό υποκόμη βαρκών μεγαλείου έπειτα, όπου τελείωσε στην τρίτη ομάδα δεδομένων).
Ruas muito pequenas a Henrique Novais e a Visconde de Caravelas. A Real Grandeza é grande, mas nela o bloco não fica por mais de 200 metros.
Quando vi, eu estava ajudando o João Rodrigo (produtor da banda e do bloco) a dirigir o carro de som e o cordão de isolamento. Porque eu não consigo ficar simplesmente curtindo a música (até porque não é o tipo de música que eu curto) e tenho que arrumar o que fazer (no Brejeiro, ontem, eu acabei fazendo a mesma coisa só que eu fiz o cordão de isolamento enquanto tinha vontade de tocar). Então, pra não ficar só sofrendo por vontade de tocar no bloco, eu arrumo uma responsabilidade (mesmo que só na minha cabeça) e vou "trabalhar".
Importante é que o Empolga tinha que chegar as 19h no seu ponto final. E com a direção do João e minha assistência, o carro de som estacionou no ponto final exatamente às 19h. Eu sou foda mesmo (ha ha ha).
Depois disso eu voltei pra casa e decidi dar uma cochilada antes de ir pro aniversário da joaninha no garota da Urca. Mas dormi demais e fiquei sem forças pra sair.
E agora aqui estou, na madrugada de produção, assistindo ao desfile das escolas do Grupo de Acesso A, sem som, enquanto ouço Beastie Boys.

Ah sim... meu dia hoje não foi à base de Mate. Não tomei um gole de nada até umas 6 da tarde (quando tomei uma garrafinha de á[r]gua). Só fui tomar mate no almoço e no jantar (que foram seguidos um do outro já que eu também não comi nada até as 20h), e aí tomei logo um litro e meio.

E agora, enquanto "assisto" ao desfile da Império da Tijuca vou pensando sobre acordar às 8 da manhã pra ir tocar no Boi Tolo...