segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

trilogia do fim-de-semana Volume II

Sábado, depois do show da Silvia Machete no Off Tropicália, juntei-me a uns amigos (e outras pessoas desconhecidas) num quiosque da praia de Copacabana (e não era nem um daqueles novos quiosques metidos à besta. Era um roots) para um bate-papo bacana.
Lá pelas tantas (não eram tão tantas assim ainda) alguns decidiram ir a uma tal festa aí. Eu resolvi me juntar aos animados (o que é raro pra mim, que sou desanimado) e passei em casa pra tomar um banho e pegar a moto pra ir pra tal da festa.
Eu estava pensando em festinha... coisa de amigos em algum lugar legal, tranquilo (assim mesmo já que caiu o/a trema). Com alguma música agradável (até meio alta, mas agradável), e aí me disseram pra ir encontrar o povo (que a essa altura era só o povo desconhecido que estava no quiosque) na sede do Botafogo, ali em frente ao Canecão, em cima do Off Price (que já não se chama Off Price há tempos mas eu não lembro o novo nome).
Suspeitei, mas minhas suspeitas não chegavam aos pés do que realmente era o evento.
Cheguei lá, encontrei o povo desconhecido, a Bia Brownie (só pra fazer a propaganda) e mais um povo que não estava no quiosque mas que era igualmente desconhecido. Além de Michel Melamed e Paulista.
Pois bem, pareceu-me que o nome da festa era Clube. E eu ouvi dizer que era uma festa paulista que estava tentando vir pro Rio, e isso explicava o porque da quantidade de gente famosa naquele lugar. Não que eu saiba dizer quem era uma daquelas almas famosas da TV Globo, mas que estava lotado delas, isso estava. Eu reconheço alguns rostos, mas daí a saber nomes, só o da Luana Piovani (tive que procurar pela internet pra saber se estava escrevendo o nome dela corretamente, mas não foi nada difícil porque o site da Globo tem uma notícia super útil dela a cada dia. Pra você não perder o ritmo da vida da Luana que é muito interessante).
Fora isso, tinha muita gente das artes. Teatro, música, dança... das artes em geral. Eu, como bom representante desse meio, não conhecia ninguém.
Não sei se alguém entende essa sensação, mas eu vou tentar explicar.

Imagine o meio do nada. Aquele lugar longe de tudo, onde só existe o nada. O vilarejo mais próximo é a centenas de quilômetros dali. Onde você não tem o que ver nem ouvir, nem com quem falar. Aquele lugar onde você está absolutamente sozinho e isolado do mundo? Sabe como é essa sensação?

Pois então, é assim que eu me senti na tal da festa que talvez se chame Clube. Com centenas de pessoas em volta, música alta (ruim, claro), bebidas e drogas por tudo quanto é lado, eu estava me sentindo no meio do nada. Isolado de tudo e todos.
Impressionante a capacidade de se isolar quando você não tem nada a ver com nenhuma das pessoas semi-conhecidas (ou melhor, desconhecidas mesmo) que estão "com você" num lugar como esse.
Passei mais ou menos uma hora assim, no meio de gente desconhecida que virava as costas pra mim pra conversar uns com os outros, como se nunca tivesse visto minha cara antes e eu fosse só mais um presente na festa (aliás, não era como se não... era exatamente isso). Esse povo de artes me deixa tão alegre e contente...
Essa uma hora pareceram 5... até que de repente eu olho pra um lado e vejo, na fila do caixa, uma amiga desaparecida há 5 anos. Analu agora trabalha no Cirque de Solei, num espetáculo que eu não consegui descobrir qual era (até perguntei pra ela, mas além de não ouvir direito pelo som muito alto, eu também não conheço nenhum espetáculo do Cirque mesmo), mas que está indo pro Japão esse ano.
Começamos a conversar e aí que a noite ficou feliz. Porque além de ser uma pessoa conhecida que falava comigo, Analu faz bem pros olhos.
Logo depois encontrei o Renatinho (outro que tb não sei o sobrenome) que conheci na Intrépida e passamos o resto da noite conversando e dançando (não eu, claro, mas eles e mais uns amigos).
É muito bom rever pessoas que desapareceram do mundo há tanto tempo e ainda se sentir bem perto delas.
Saí de lá as 6 da manhã e fui pra casa dormir umas poucas horas antes de sair pro churrasco (volume III) do domingo.

Se me chamarem pra ir de novo a uma festa dessas no sábado que vem eu vou agradecer o convite e ficar em casa assistindo Altas Horas (aliás, vou fazer exatamente isso já que o Brasøv vai aparecer no programa do dia 31).

Um comentário:

Anônimo disse...

Dani, como sempre, muito engraçado. Até da sua "desgraça" consigo achar graça. E essa sensação de fazer papel de vaso no canto da sala, tbém já senti. É.... cada um com sua "tchurminha"...

Mas bah!!!!! tri-legal o Brasov dia 31 no Altas Horas. Vou anunciar no msn e no orkut! É isso aí guri!