sexta-feira, 23 de outubro de 2009

aniversário

aniversário é uma coisa legal... tem gente que não gosta porque está ficando mais velho mas, se parar pra pensar, todo mundo está ficando mais velho todo dia. Eu, por exemplo, estou mais velho hoje do que estava ontem, dia do meu aniversário. E não estou reclamando (disso... porque do resto todo eu estou sempre reclamando).

Mas aniversário é legal porque é uma desculpa pra encontrar gente que normalmente a gente não encontra. Ontem, por exemplo, eu encontrei meu pai. Ridículo o fato de que eu não o encontro normalmente, mas assim é a vida com as agendas de músico (minha e dele) e técnico de som.

Já hoje, na comemoração oficial no Mike's Haus, foi encontrar gente que não vejo há meses (ok... tb não via meu pai há messes mas, como já disse, isso é ridículo).

Além do mais, hoje é dia de comer salada de batata, fleischkaese, salsicha de queijo, kassler, frikadellen, steak tartar, e se não estiver quente, quem sabe um goulash?

E, claro, como toda vez que eu vou ao restaurante alemão que tem as melhores e mais caras cervejas, encher a cara de mate! não posso esquecer minha Maß pra encher de mate e todo mundo ficar me olhando de cara feia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

boas surpresas e constatações de fatos

O povo de Campo Grande é excelente... todo mundo muito gente boa. Uma enorme boa vontade. A galera que foi ao show estava super animada. O som estava excelente. O show foi realmente muito bom... lavou a alma depois do fiasco do CB. E de manhã partimos de lá pra cá.

Ao contrário do que previa a lógica dos hoteis, estou num excelente aqui em Cuiabá. Tem piscina (mas eu não trouxe sunga), tem internet de graça, tem tv a cabo (talvez dê pra ver um pouco do jogo da noite) e, o mais importante, tem ar condicionado no quarto.

Sim... porque cuiabá é a cidade mais quente que eu conheço.
Ok... só conheço uma micro parte da cidade por um micro intervalo de tempo. Mas o que eu já suei aqui desde que saí do avião, não é brincadeira. 5 segundos embaixo do sol e você já está ardendo. 10 passos pela rua e você já quer parar e encontrar o ar condicionado mais próximo. E é um pouco seco também... ridículo.

Depois de um pequeno atraso de 3 horas no horário previsto da passagem de som (atraso que a gente gastou numa sala com ar condicionado, uns pufs e a banda largada pelo chão dormindo), entramos no "palco" pra passagem.
Foi entrar no "palco" e tocar uma nota pra produzir uns 2 litros de suor. Isso porque não tinha luzes ligadas (não que eu ache que esse palco tenha muitas luzes, mas enfim...), ninguém estava se movimentando muito pra economizar energia, e o lugar estava vazio.

Mas ao ar livre... em cuiabá... isso deveria ser proibido. Disseram que passam mil pessoas pelo local do show. Ao mesmo tempo não dá... se mil pessoas entrarem no pátio do MISC, morrem umas 600 esmagadas ou desidratadas. Mas dizem que, durante a noite, passam umas mil pessoas por lá. Não me interessa muito... porque se tiverem 5 assistindo ao nosso show, já vai ser muito mais quente do que a passagem de som.

E a hora vai passando mas a temperatura não vai caindo...

Ainda bem que, aparentemente, teremos umas horinhas entre o fim do show e o horário de chegada no aeroporto pra tomar um banho e partir. Senão, ia ser bem nojento e desconfortável pegar o voo pra SP, depois um ônibus pro Rio encharcado de suor como vamos ficar, com certeza absoluta.

O negócio aqui é tão grave que foi permitido pelo chefe usar bermuda no show.

No mais... o Dallas conseguiu criar problemas pra vencer o Chiefs hoje de tarde e eu não pude ver o jogo no Orlando porque o horário da passagem de som era 15h... mas só aconteceu às 18h. Ridículo.

sábado, 10 de outubro de 2009

Em Brasília, 20:47

Mas por aqui são 19:47. Estou no fuso do Mato Grosso do Sul, de bobeira na internet do "hotel" esperando a hora da passagem de som.

Dos shows, começamos com hospedagem na excelente Chacara do Barão, em Campinas. De lá, fomos pro semi-razoável Cisnei, em SP.

Hoje estamos no Albergue da Juventude em Campo Grande.

O que será que vai acontecer amanhã?

Enfim, isso é rock na estrada...

e por falar em som ruim

O que foi isso???

Sem grave, sem pressão pro público.
Sem guitarra, sem baixo, sem grave, com litros de sopros e muita microfonia.
E o som do DJ no volume 5 mil.

Preciso lembrar de viajar com meu protetor de ouvido. Só ouço zunir agora

E ainda faltam dois...

SP-Campinas-SP

Não tem nem 3 dias inteiros que estou fora de casa e já estou perdido achando que hoje é sábado (se bem que, agora já é sábado mas enfim... o show é sexta e ainda não aconteceu, logo, ainda é sábado).
Mas de qualquer jeito, quinta nós enrolamos, enrolamos, enrolamos e enrolamos um pouco mais... saímos tarde do hotel pra rodoviária rumo à (mãe, essa crase existe?) Campinas.
A viagem que deveria durar pouco mais de uma hora levou praticamente duas por causa do trânsito infernal de SP. Resultado, chegamos em Campinas em cima da hora da passagem de som.
Por felicidade do acaso, o show em Campinas era cedo. Estava cheio e a galera pareceu curtir.
Depois do show, aquele papo de "vamos pra festinha na Unicamp" e eu, sociável e animado como de costume, fiquei no hotel com internet de graça, resolvendo a compra das passagens Rio-Uberlândia-Rio pro fim-de-semana do dia 24 de outubro. Chega de 15 horas de ônibus na Viação Mota... não quero mais saber disso nunca mais!

O hotel de Campinas era tão bom... era um clube com várias piscinas, uma área aberta, um gramado ótimo... E a gente foi expulso ao meio dia.
Mas Renatinho é rei e conseguiu atrasar nossa saída. Ganhamos duas horas de tolerância e, ao invés de ir aproveitar o hotel, ficamos os 6 dentro de um quarto tentando ver videos da banda e falando besteira (prioridades bem organizadas).

E de Campinas voltamos pra SP... chegamos aqui as 21h e fomos passar o som no CB. Aliás, que som ótimo... tão bom que eu já até desisti do show antes mesmo dele começar. Eu não vou ouvir nada... e o público tb não. Então, foda-se (sério... estávamos passando Las Vegas e eu estava tocando o hino brasileiro no meio... o tempo todo... e ninguém percebeu! nem no palco nem fora do palco!)

O show vai comecar daqui a pouco... CB é sempre tarde demais, o que me irrita um pouco. E amanhã temos que dar um jeito de chegarmos, os 6 + um baixo acústico num case absurdamente gigante, em Guarulhos, rumo a Campo Grande.

E a maratona está só começando...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

mais uma aulinha

Eu sei que todo mundo já passou por isso...

Sabe aqueles dias que você sente uma necessidade quase incontrolável de perder tempo? Que você sente que precisa ficar horas e horas compromissado e envolvido com alguma coisa que não vai servir pra muito mais do que gastar seu tempo mesmo?
Aqueles momentos em que você sente que seu coração só terá alívio se você passar o dia inteiro em função de uma coisa que, apesar de não te exigir absolutamente nada, vai te impedir de resolver qualquer outra questão da sua vida?

Pois então... a solução pra esses dias é relativamente simples.

Encontre um programa de televisão pra fazer!

Era meio dia quando chegamos (Canastra) ao prédio da MTV. Todo mundo com fome e cansado de ter que acordar de madrugada pra pegar o voo das 10 da manhã pra SP. Subimos até o estúdio onde o programa aconteceria, deixamos equipamentos e malas por lá e descemos pra famosa padaria do lado da MTV (não me pergunte o nome do lugar).
Pedimos a comida, comemos, falamos besteira, eu não resisti e pedi uma banana split... nisso a gente gastou umas 2 horas e estávamos por lá enrolando até que o produtor do programa (ou qualquer coisa que valha) apareceu pra nos chamar pra subir pro estúdio.
Nosso cronograma dizia que a montagem começava às 14h pra passagem de som ás 16h e o programa das 17h às 19h.
Faltou avisar que, após a montagem, que não levou mais de uma hora pra acontecer, a gente teria que esperar o término da gravação de um outro programa que usa a mesma centra técnica do nosso e, por isso, não poderíamos fazer barulho.
E que a gravação desse programa, apesar de marcada pras 14h, nunca acontece antes das 16h, horário da nossa passagem.
E que o programa, apesar de acontecer das 17h às 19h, não contaria com nossa participação antes das 18:30.
Basicamente, não nos avisaram que passaríamos, depois da montagem do "palco" mais 2 horas, pelo menos, sem fazer nada.

E assim foi... 1 hora esperando pra passar o som. A passagem de som, em si, durou 30 minutos no máximo.
Aí fomos pra sala da produção que nego improvisa de camarim. Não eram nem 17h ainda mas a sala é legal porque tem umas cadeiras que são presas no teto, como balanços. E eu, que sou bem criança, fiquei lá me divertindo.
Disseram que a gente ia pro programa as 18h. Que iam rolar 3 ou 4 músicas e umas conversas e tal.
Faltando 15 pras 18h alguém diz pra gente que vamos pro estúdio em meia hora.
18:15 e nada acontece.
(nesse meio tempo a gente gravou umas vinhetinhas pra dois outros programas, um deles do Mion e o outro chama Tocaí, ou cousa do gênero. Mas isso não gastou nem 15 minutos de espera)
Finalmente acabaram com nossa espera por volta das 18:25 e fomos pro estúdio.
Não tenho ideia dos nomes dos apresentadores do programa (que originalmente são 3 mas ontem só tinham 2, um rapaz e uma senhorita) mas tenho uma questão. Quando você recebe pessoas no seu trabalho ou na sua casa, não é legal pelo menos dar oi, falar alguma coisa... pelo menos fingir que é uma pessoa sociável (e olha que quem pergunta é um sujeito vestido numa blusa que diz "Fuck you fuckin' fuck)?
Pois... entramos alheios aos apresentadores do programa. Nos posicionamos pra tocar e esperamos o intervalo terminar.
Ao vivo, aí sim fomos cumprimentados. Uma meia dúzia de perguntas básicas e uma música. Mais um quarto de dúzia de perguntas, agenda de shows, e mais uma música.
Intervalo. Nenhuma palavra trocada entre produção, banda, e apresentadores.
Volta do intervalo, mais um bla bla bla inútil, e a última música.
Fechamos o programa com Conhaque, música que não tem sopros. Eu e Marco ficamos (eu mais ainda) fingindo que jogávamos cartas. E aí eu tenho outra questão (minhas questões com a simpatia dos outros está ficando ridícula).
Ao ir embora de um lugar, é muito sofrível esperar 2 minutos pra se despedir dos seus convidados ao invés de ir embora à francesa enquanto eles tocam?

Enfim... não me importo nem um pouco com não ter falado especificamente com esses dois apresentadores, cujas identidades ignoro completamente. Mas, mais do que simpatia, é uma questão de educação. Ou não?

Bom... assim que se faz. De meio dia às 19h com 1:30 de tabalho, no máximo. Uma linda forma de jogar 5:30, pelo menos, de tempo no lixo. Assim é a televisão. Isso porque a gente nem foi ao Faustão, onde o clássico é perder o dia inteiro pra aparecer 20 minutos.

E no fim das contas... alguém aí viu o programa?

Pois é.

Noite de bobeira no hotel com internet em SP... não sei se era a fome absurda mas o Steak Diana que eu pedi às 23h estava quase sensacional. Um pouco salgado demais, mas é culpa do molho inglês e dos ingredientes do Diana que são meio carregados no sal mesmo. Jantei bem feliz...

Agora, quinta-feira, aguardo o povo da banda voltar da Rua pra partirmos pra rodoviária, rumo a Campinas, onde tocaremos hoje de noite.